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Investimentos

- Publicada em 14 de Setembro de 2022 às 16:52

Biotecno constrói nova fábrica de equipamentos para conservação de vacinas em Santa Rosa

Obras da nova planta gaúcha para produzir refrigeradores e freezers científicos avançam

Obras da nova planta gaúcha para produzir refrigeradores e freezers científicos avançam


BIOTECNO/DIVULGAÇÃO/JC
A corrida pelas vacinas contra Covid-19 exigiu grande investimento do poder público não apenas na compra do suprimento, mas também na infraestrutura para dar conta do armazenamento e da vacinação da população. O resultado foi o aquecimento do mercado de refrigeração na área da saúde e a necessidade de redimensionar a produção.
A corrida pelas vacinas contra Covid-19 exigiu grande investimento do poder público não apenas na compra do suprimento, mas também na infraestrutura para dar conta do armazenamento e da vacinação da população. O resultado foi o aquecimento do mercado de refrigeração na área da saúde e a necessidade de redimensionar a produção.
É o que acontece neste ano na Biotecno, em Santa Rosa. Com um investimento de R$ 5 milhões, a empresa que atua há 20 anos no setor iniciou há três meses a construção da sua nova fábrica, em uma área cedida pelo município para a expansão produtiva.
"É um investimento com pés no chão, necessário para conseguirmos manter a produção no seu atual ritmo, e com aposta na qualificação dos nossos produtos. O aporte que estamos fazendo inclui as obras estruturais e a compra de novos maquinários para a fabricação das câmaras frias, freezeres e outros produtos para refrigeração em saúde", explica o diretor presidente da empresa, Nerci Linck.
A ampliação se dará por etapas. Na primeira delas, serão construídos 2 mil metros quadrados para abrigar a unidade produtiva da empresa que, com o aumento da demanda desde 2020, se obrigou a alugar prédios e terceirizar parte da fabricação.
Com a nova unidade erguida, a Biotecno seguirá operando a parte administrativa no seu atual prédio, de 1,5 mil metros quadrados. A perspectiva é ampliar em até 50% o número de funcionários na linha de produção, passando de um total de 80 para 120 colaboradores na Biotecno.
A ideia, de acordo com diretor, é chegar a 4 mil metros quadrados de área construída ao final desta expansão, com a projeção de outros R$ 2 milhões em investimentos, ainda sem um prazo definido.

Mercado está em expansão

"Com essa expansão, manteremos a nossa condição atual de produzir 300 equipamentos por mês, com custos menores do que temos encontrado atualmente e que nos deem condições de fazer a diferença em um mercado que, só no Brasil, é de 50 mil unidades de saúde que precisam do nosso produto", diz o diretor-presidente da empresa, Nerci Linck.
A empresa de Santa Rosa atende hoje 40% do abastecimento de refrigeração para vacinas ao poder público no Brasil. Uma fatia de 70% de toda a produção da Biotecno, que agora projeta o crescimento no mercado externo.
"A demanda pela tecnologia que temos aqui é crescente principalmente em países da América do Sul, como Peru, Chile, Bolívia e Equador. E temos ainda o fornecimento de equipamentos menores para Emirados Árabes e alguns países da África. O nosso país tem hoje uma estrutura para refrigeração de vacinas, sangue e outros insumos de saúde muito avançada. Acredito que isso explique boa parte do sucesso na campanha de vacinação desde o ano passado", aponta Linck.

Tecnologia desenvolvida aqui

Biotecno atua no mercado de conservação de vacinas há mais de uma década

Biotecno atua no mercado de conservação de vacinas há mais de uma década


PREFEITURA DE SANTA ROSA/DIVULGAÇÃO/JC
Para que se tenha uma ideia, há pouco mais de 10 anos, a estatística apontava perdas de até 40% de imunizantes em virtude da má conservação. Foi em 2010 que a Biotecno percebeu a oportunidade de fazer a diferença ao lançar um sistema emergencial inédito para estes equipamentos, que mantém a temperatura adequada mesmo sem energia elétrica e conta com monitoramento inteligente do desempenho do produto refrigerado.
As câmaras já teriam um boom natural em 2020, quando passou a vigorar o regramento em todo o País proibindo a manutenção de vacinas em geladeiras comuns. A pandemia acabou acelerando este processo. "Apostamos na nossa capacidade de produzir em alta quantidade para superarmos muitos aventureiros que entraram neste setor a partir dos editais públicos de compras durante a pandemia. A manutenção desse diferencial vem com a nossa busca constante de novas certificações internacionais", diz o empresário.
A Biotecno tem entre os seus clientes instituições como o Butantan, Fiocruz e os grandes produtores da suinocultura no Brasil. É que, enquanto mira no mercado de vacinas e insumos da saúde, a empresa não descuida da pesquisa. Foi desenvolvida em Santa Rosa uma linha de refrigeração de sêmen de suínos com capacidade de precisão única, e que levou à certificação pela JBS e BRF.
De acordo com Nerci Linck, o avanço das atividades para o setor de agroindústria está entre os planos para os próximos anos da Biotecno.

Ficha técnica

Investimento: R$ 5 milhões
Empresa: Biotecno
Cidade: Santa Rosa
Área: Indústria
Estágio: Em execução em 2022