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Publicada em 27 de Abril de 2025 às 20:37

O primeiro ano de um triste aniversário para os gaúchos

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O fim de abril e a chegada de maio marcam o primeiro ano da maior tragédia climática já enfrentada pelos gaúchos. As intensas chuvas que caíram em quase todo o Rio Grande do Sul causaram prejuízos em 478 dos 497 municípios do Estado, 184 mortos e 25 desaparecidos. A enchente de maio de 2024 paralisou atividades por dias, com um impacto econômico devastador para diferentes setores.
O fim de abril e a chegada de maio marcam o primeiro ano da maior tragédia climática já enfrentada pelos gaúchos. As intensas chuvas que caíram em quase todo o Rio Grande do Sul causaram prejuízos em 478 dos 497 municípios do Estado, 184 mortos e 25 desaparecidos. A enchente de maio de 2024 paralisou atividades por dias, com um impacto econômico devastador para diferentes setores.
Na agricultura, plantações foram arrasadas, rebanhos perdidos e maquinário destruído. Mesmo as empresas que não foram afetadas diretamente pelas águas sentiram os reflexos da enchente. Trabalhadores não conseguiam se deslocar até o local de trabalho. Nas indústrias, linhas de produção precisaram ser interrompidas, porque não havia como receber matéria-prima, já que estradas foram danificadas e o Aeroporto de Porto Alegre ficou inundado. No comércio e serviços, negócios de diferentes ramos foram afetados, e nem todos conseguiram retomar as operações quando as águas baixaram. Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o prejuízo para o varejo gaúcho foi de R$ 3,32 bilhões.
Uma corrente de solidariedade sem precedentes, no entanto, mobilizou o País para auxiliar as vítimas que perderam casas e pertences conquistados ao longo de toda uma vida de trabalho. A mobilização reuniu as três esferas de governo - federal, estadual e municipal - , sociedade civil, setor privado e diversas ONGs.
De lá para cá, diversas iniciativas foram lançadas para possibilitar a reconstrução do Rio Grande do Sul. No âmbito do governo estadual, o Palácio Piratini projeta investir R$ 14 bilhões na recuperação até maio de 2027, destinando os recursos para construção de moradias, obras em estradas, dragagem e  desassoreamento de rios, entre outros. A União entrou com R$ 97,8 bilhões em ações emergenciais no Estado, com verba para reparos na infraestrutura, libertação de saque do FGTS e outros auxílios. Também as prefeituras se organizaram para socorrer a população, atuando de diferentes formas.
Entretanto, as feridas abertas pela enchente não cicatrizaram para todos. É o caso do agronegócio gaúcho, que ainda aguarda uma solução para as dívidas dos produtores rurais.
Não podemos esquecer as cenas assustadoras de cidades submersas e destruídas pela enxurrada. É fundamental que sejam implementadas medidas de prevenção para que uma tragédia de igual dimensão não se repita. Desde o ano passado, diversos projetos vêm sendo discutidos, mas diante da imprevisibilidade da natureza, a celeridade das obras é algo que deve ser buscado pelos poderes públicos e cobrado dos gaúchos. 

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