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Publicada em 07 de Abril de 2025 às 18:08

A importância da vacina da gripe para evitar óbitos

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A vacinação anual contra a gripe no Brasil, iniciada em 1999, já impediu que milhares de pessoas desenvolvessem formas mais graves da doença. Embora seja uma síndrome causada por diversos fatores, os casos mais preocupantes para a saúde pública são os desencadeados pela infecção do paciente com o vírus Influenza, sobretudo em relação à população idosa do País. Com a chegada do inverno, estação em que comumente o vírus se dissipa, é importante que a população gaúcha dentro dos grupos prioritários não demore a procurar pela imunização, que começou nesta segunda-feira para sete grupos prioritários.
A vacinação anual contra a gripe no Brasil, iniciada em 1999, já impediu que milhares de pessoas desenvolvessem formas mais graves da doença. Embora seja uma síndrome causada por diversos fatores, os casos mais preocupantes para a saúde pública são os desencadeados pela infecção do paciente com o vírus Influenza, sobretudo em relação à população idosa do País. Com a chegada do inverno, estação em que comumente o vírus se dissipa, é importante que a população gaúcha dentro dos grupos prioritários não demore a procurar pela imunização, que começou nesta segunda-feira para sete grupos prioritários.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 90% das mortes causadas pela doença ocorrem entre idosos com mais de 60 anos. A vacina não impede que se contraia a gripe, mas ajuda a reduzir a evolução para manifestações mais graves da doença e, consequentemente, óbitos.
É salutar destacar que, nos últimos dois anos, sete de cada 10 óbitos por gripe no Rio Grande do Sul ocorreram entre a população com 60 anos ou mais. Entre 2023 e 2024, dados da Secretaria de Saúde mostram que foram 423 mortes causadas por complicações em razão da infecção pelo vírus Influenza, das quais 304 entre idosos.
É exatamente o perfil de óbitos que justifica a prioridade dos idosos para a vacinação. No RS, são mais de 2,3 milhões de pessoas nesta faixa etária. Além disso, em muitos municípios, o sistema de saúde enfrenta problemas estruturais, a exemplo de Porto Alegre, que no mês de março registrou superlotação de emergências hospitalares e pronto atendimentos.
Em 2024, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou um crescimento de 189% nas hospitalizações de idosos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por Influenza, em relação a 2023. Os idosos também abrangem a maioria dos casos no RS. Das quase 3,4 mil internações nos últimos dois anos, mais de 1,5 mil foram entre idosos, o que representa 46% do total.
Em 2025, até o dia 6 de abril, o panorama no Estado não diverge da tendência. O sistema de saúde contabiliza 110 hospitalizações por agravamento em razão da infecção pela influenza, dos quais 46 foram entre idosos (42%). Os óbitos no RS por gripe já somam seis, sendo quatro deles na faixa etária dos 60 aos 79 anos.
Às portas do inverno, quando os problemas respiratórios agravam a saúde dos gaúchos, a situação é mais que preocupante. Por isso, nunca é tarde para lembrar que a vacina contra a gripe é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e dos óbitos relacionados à doença, é gratuita e, igualmente, um ato de cuidado coletivo.

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