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Publicada em 11 de Março de 2025 às 18:49

O incentivo a empreender para reter talentos no RS

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Parques tecnológicos, startups, incubadoras, aceleradoras, hubs, open labs. É interessante notar que todas essas palavras até poucos anos atrás não faziam parte do vocabulário dos brasileiros, assim como empregos - cada vez em maior número - ligados à área de tecnologia e informação.
Parques tecnológicos, startups, incubadoras, aceleradoras, hubs, open labs. É interessante notar que todas essas palavras até poucos anos atrás não faziam parte do vocabulário dos brasileiros, assim como empregos - cada vez em maior número - ligados à área de tecnologia e informação.
Uma situação, contudo, que tem avançado a passos largos no Rio Grande do Sul. Com um ecossistema de inovação cada vez mais robusto, já conta com 18 parques tecnológicos, 44 incubadoras, diversas instituições de ensino e de tecnologia.
Hoje, o RS ocupa a segunda colocação em inovação no Brasil e é o mais produtivo no que toca à geração de conhecimento científico, formando 10% dos doutores, a maior densidade entre os estados. Com 83 programas de pós-graduação de excelência, quase um terço dos pós-graduandos estão vinculados a estes cursos.
Contraditoriamente às posições nos rankings, um dos principais desafios têm sido a retenção de talentos. Na área de inovação, ainda que a tecnologia seja o norte, o fator humano é essencial. Sem pessoas qualificadas, sem mentes brilhantes, o caminho para avançar tende a se tornar mais difícil.
Uma das soluções para reter esses talentos é incentivar o empreendedorismo entre doutores para fomentar ainda mais as startups desenvolvidas por aqui. Uma mostra disso é o programa Doutor Empreendedor, criado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs) em 2018, a partir da constatação de que o RS absorvia menos doutores do que o contingente formado. A instituição passou a incentivar a criação de empresas para levar o conhecimento, o novo produto ou processo desenvolvido durante a formação na academia ao mercado.
Os resultados são promissores. No South Summit 2024, em Porto Alegre, uma empresa que desenvolve tecnologias para melhorar o resultado da fertilização in vitro, cuja origem foi uma pesquisa financiada pela Fapergs, saiu vencedora da competição de startups na categoria de Mais Escalável.
O resultado não apenas comprova o papel de destaque que o Estado ocupa no cenário da inovação, mas como ideias disruptivas e investimentos são capazes de mudar uma realidade. E daqui a menos de um mês, os olhos do mundo devem se voltar novamente a Porto Alegre, com a realização de mais um South Summit.
Será o momento de apresentar soluções para reter talentos e tornar o RS não só um celeiro de formação, mas a residência dessas mentes altamente habilidosas capazes de impulsionar o sistema de inovação do Estado a um novo patamar.
 

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