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Publicada em 15 de Dezembro de 2024 às 20:03

PIB do agro deve crescer mesmo com quebra de safra

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A estimativa de crescimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio em 2024, é puxada, principalmente, pela queda no desemprego e aumento da renda. Ou seja, o aumento do consumo de produtos como carnes e lácteos, de maior valor agregado, principalmente no segundo semestre, vem compensando a quebra em nível nacional da safra de culturas como milho e trigo, causadas pelas adversidades climáticas.
A estimativa de crescimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio em 2024, é puxada, principalmente, pela queda no desemprego e aumento da renda. Ou seja, o aumento do consumo de produtos como carnes e lácteos, de maior valor agregado, principalmente no segundo semestre, vem compensando a quebra em nível nacional da safra de culturas como milho e trigo, causadas pelas adversidades climáticas.
Devido a essa demanda maior, impulsionada pela renda das famílias - o que deve fazer com que o PIB nacional geral cresça 3,4% -, o indicador no recorte apenas do agro não sofrerá uma redução tão expressiva quanto era esperado.
Em 2023, o PIB do setor havia caído 3,7%, seguido de uma queda de 1,8% em 2022, após altas de 8,1% em 2021 e de 22,1% em 2020. Agora, mesmo com registro de retração de 3,5% até o terceiro trimestre, a expectativa é de que feche o ano em 2%.
O Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores de grãos do País, variando entre a segunda e a quinta colocação nos últimos anos, mesmo com as enchentes de abril e maio, deve contribuir de forma significativa, principalmente com grãos.
A estimativa para a safra 2024/2025 é de 38,35 milhões de toneladas, um aumento de 3,3% em relação ao ciclo passado. Já a área plantada deve ter acréscimo de 0,7%, somando 10,48 milhões de hectares. Esse bom resultado é puxado, principalmente, pela perspectiva de recuperação da produtividade do arroz e da soja. O resultado na produção gaúcha, mesmo com tragédia climática, é atribuído ao melhor desempenho das lavouras.
Na safra atual, até o momento, o RS é o terceiro maior produtor nacional. Entre os grãos, destaca-se arroz, sendo responsável por cerca de 70% do produzido no País, trigo (45,9%), aveia (76,8%), cevada (23,7%), soja (12,6%) e milho (3,8%).
Para 2025, a projeção é que o PIB do agro mais que dobre. A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) projeta aumento de 5%. O comportamento do clima, contudo, será determinante nos próximos meses.
Até março, os principais mapas meteorológicos indicam redução das chuvas, mas não a ponto de ser registrada estiagem. Ainda há uma indefinição quanto à chegada do La Niña, mas, se houver, a estimativa é que o fenômeno será fraco e de curta duração.
Mesmo assim, com mais de 206 mil propriedades afetadas pelas enchentes, a necessidade de recuperação da capacidade produtiva do solo ainda é um fato. Por isso, ações de fortalecimento são mais que bem-vindas.
 

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