O agronegócio tem sido o grande impulsionador da economia do Brasil nos últimos anos. Em 2023, foi o maior responsável pelo aumento de 3,2% no Produto Interno Bruto (PIB), com crescimento de 16,3%. E as projeções para os próximos anos mostram um enorme potencial de crescimento da produtividade, que deverá ocorrer, principalmente, a partir de soluções inovadoras, com base em inteligência artificial (IA), big data, internet das coisas (IoT), drones, softwares de gestão e monitoramento.
Em 2023, o Rio Grande do Sul respondia por cerca de 13% dos grãos produzidos, sendo o maior produtor de arroz do País, o segundo maior em soja, além de possuir grande relevância em trigo e na produção pecuária em geral.
E mesmo com a enchente de maio, o Estado deve fechar 2024 com um crescimento econômico de 4,1%, acima dos 3,2% previstos para o País, segundo estimativa da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
Somente no primeiro semestre, o PIB estadual cresceu 5,4%, com destaque para a agropecuária (37,6%). Uma cenário que se deve, principalmente, à recuperação agrícola, impulsionada por uma safra de verão sólida e perspectivas positivas para o trigo na safra de inverno.
O crescimento do agro gaúcho também cria um mercado promissor para inovações que ajudem a enfrentar desafios como mudanças climáticas, escassez de recursos hídricos e a necessidade de uma produção mais sustentável.
Ferramentas tecnológicas para que a produção seja maior e, sobretudo, tenha mais qualidade, crescem a olhos vistos no País, com uma liderança expressiva do RS. Hoje, o Estado é o segundo em número de agtechs, as startups do agro, com 194. A liderança é de São Paulo (845).
O desenvolvimento dessas startups se prolifera por aqui - são ao menos 250 voltadas para o agronegócio, sendo 152 agtechs -, criando ferramentas de alta tecnologia para fomentar, justamente, o aumento da produtividade e a redução dos custos de produção.
Um dos grandes motivos para esse crescimento exponencial, além da tradição agrícola, é o ecossistema favorável ao empreendedorismo que o RS possui, com incubadoras e aceleradoras em universidades e centros de pesquisa que apoiam o surgimento dessas empresas.
Ativos que, somados à busca contínua por inovação no setor, têm provocado uma revolução no modo de se fazer agricultura e pecuária. Por isso, a expectativa para os próximos anos é que o crescimento das agtechs torne ainda mais expressivo o agro gaúcho.