Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 02 de Dezembro de 2024 às 19:07

Novos temporais, os mesmos problemas em Porto Alegre

ARTE/JC
Compartilhe:
JC
JC
Problemas em Estações de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebaps), bueiros que não dão conta de escoar a água da chuva e energia elétrica que falta a cada indício de temporal. Porto Alegre vive, a cada chuva mais intensa, uma lembrança das enchentes de maio.
Problemas em Estações de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebaps), bueiros que não dão conta de escoar a água da chuva e energia elétrica que falta a cada indício de temporal. Porto Alegre vive, a cada chuva mais intensa, uma lembrança das enchentes de maio.
Obviamente, o volume de chuva - alguns pontos da cidade registraram 49 mm em apenas 1 hora, cerca de um terço da média de todo o mês - contribuiu para isso. O fato, porém, é que mais de sete meses após as enchentes, que danificaram parte do sistema de drenagem urbana, apenas duas das 23 casas de bomba - operam 102 bombas com capacidade total de bombeamento de 183 mil litros por segundo -, estão em obras.
As duas Ebaps com trabalhos, em andamento, dentro do plano de reconstrução de Porto Alegre, lançado em junho, são as localizadas na avenida Mauá, no Centro Histórico.
Cinco casas de bomba, uma no centro e quatro na região Norte da Capital - justamente a parte da cidade que mais danos sofreu com as enchentes de maio -, operaram por geradores no temporal da noite de domingo, o que oferece uma potência limitada. Ou seja, as Ebaps Rodoviária, São João, São Pedro, Parque Náutico e Vila Farrapos não deram vazão suficiente ao grande volume de chuva.
As bocas de lobo, que em maio transbordaram e foram responsáveis por inundações em regiões centrais da cidade, igualmente voltaram a apresentar problemas neste temporal, especialmente na Zona Norte, onde a água jorrou sobre as ruas. A rede de drenagem está em processo de recuperação pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos.
A previsão, no entanto, é que a limpeza completa de todas as bocas de lobo e poços de visita obstruídos da Capital só seja concluída em maio de 2025 - um ano após a tragédia climática. Até agora, dos mais de 500 km de estruturas subterrâneas afetadas, 70% já passaram por limpeza manual e mecanizada.
Por certo, é relevante destacar que parte dos problemas enfrentados na noite de domingo e madrugada de segunda-feira em bueiros e poços de visita não podem ser atribuídos, exclusivamente, à morosidade na realização dos reparos necessários. Com grande parte das estruturas já limpas, o lixo que se acumula agora é culpa, justamente, de quem mais sofre com os alagamentos, mesmo que pontuais: a população.
Se por parte do poder público cabe realizar os projetos e os investimentos necessários para qualificar o sistema de drenagem urbana de Porto Alegre, aos residentes da cidade cabe zelar por esse patrimônio, começando por depositar seu lixo no lugar correto: as lixeiras.
 

Notícias relacionadas