Abrir portas para novos parceiros e investidores é essencial para que o Rio Grande do Sul cresça economicamente, sobretudo em um mundo onde as fronteiras estão cada vez mais permeáveis. Para algumas nações, a chancela de autoridades públicas em uma transação comercial é fundamental para o estabelecimento de confiança.
Na recente missão oficial do governo gaúcho ao Japão e à China, o Estado foi apresentado a importantes plataformas internacionais e ampliou o diálogo com grandes empresas, governos e instituições.
Em eventos na China, foram apresentadas oportunidades em áreas como agricultura, desenvolvimento sustentável, infraestrutura e inovação. Na agenda, um dos focos da delegação foi estabelecer relações com os executivos da montadora chinesa BYD - que tem apresentado recordes de venda e de participação no mercado de veículos elétricos no Brasil -, com a intenção de que o RS seja cogitado dentro da estratégia de expansão da empresa.
Nas conversas, o RS expôs setores que podem ser decisivos em uma futura escolha, como o metalmecânico, o de produção de autopeças e componentes, além da possibilidade de produzir semicondutores. Outros importantes ativos são a posição estratégica do RS no Mercosul e o Porto de Rio Grande, que permite a exportação de produtos e a importação de matérias-primas.
Em 2023, o maior destino das exportações gaúchas foi a China (24,5%). Os destaques foram produtos de origem agropecuária, como soja em grão e carne suína.
O frango também teve participação importante, porém, desde julho os chineses não compram a proteína devido a um caso da doença de Newcastle registrado em território gaúcho. Nas negociações bilaterais, o Estado fez uma defesa da qualidade e sanidade dos produtos do agro gaúcho, pleiteando o levantamento de barreiras sanitárias.
Da mesma forma apresentou projetos estratégicos, a exemplo das energias renováveis, como eólica e hidrogênio verde, assim como outras tecnologias sustentáveis.
A etapa japonesa destacou-se por visitas a centros de referência em resiliência climática e reuniões com empresas como Toyota, Mitsubishi Heavy Industries e Shizen Energy. Com esta última, o Estado firmou um memorando que autoriza estudos para construção de novo parque eólico no Litoral gaúcho.
A relevância das missões oficiais em território estrangeiro são evidentes. Ao se engajar, o Estado tem a possibilidade de reforçar sua imagem sustentável e mostrar, in loco, a empresas e instituições de fora, os potenciais que têm a oferecer.