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Publicada em 13 de Novembro de 2024 às 19:03

Pela diversificação e qualificação do turismo no RS

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O Rio Grande do Sul não possui as praias paradisíacas do Nordeste, mas tem as paisagens de tirar o fôlego dos cânions dos Aparados da Serra, reservas naturais como o Parque Nacional da Lagoa do Peixe e o Parque Estadual do Turvo, o Pampa, bioma único no Brasil, a praia do Cassino, em Rio Grande, a maior em extensão do mundo, e uma serra que vai muito além de Gramado e Canela. Locais para visitar não faltam, o que falta é expertise para o turismo.
O Rio Grande do Sul não possui as praias paradisíacas do Nordeste, mas tem as paisagens de tirar o fôlego dos cânions dos Aparados da Serra, reservas naturais como o Parque Nacional da Lagoa do Peixe e o Parque Estadual do Turvo, o Pampa, bioma único no Brasil, a praia do Cassino, em Rio Grande, a maior em extensão do mundo, e uma serra que vai muito além de Gramado e Canela. Locais para visitar não faltam, o que falta é expertise para o turismo.
O maior expoente do turismo gaúcho é a região de Gramado e Canela, hoje, o segundo principal destino no Brasil, com até 9 milhões de visitantes por ano - 100 vezes mais do que os 90 mil habitantes somados dos dois municípios -, que movimentam pelo menos R$ 1,5 bilhão anualmente. Em Gramado, o turismo responde por 86% da economia, e em Canela, 73%.
O turismo é, de fato, um dos pilares da economia do RS, responsável por uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2022 - últimos dados disponíveis -, o setor representou 4% do PIB gaúcho, com impacto em setores como hotelaria, gastronomia e comércio.
Há, contudo, espaço para o multi turismo. Uma importante prova de que há demanda maior do que a oferta foi a Feira Internacional de Turismo (Festuris), realizada em Gramado no último fim de semana. No estande dedicado ao RS, 24 das 28 regiões estavam representadas, cada uma mostrando seus potenciais e particularidades.
Outros municípios do RS, com o setor turístico mais estruturado, tinham estandes próprios. Situação justificada pelo fato de possuírem receptivos turísticos já estruturados.
O turismo de eventos também é uma grande oportunidade. Da Festuris, por exemplo, participaram mais de 15 mil pessoas, e a economia regional teve uma movimentação de R$ 72 milhões.
Obviamente não se pode esquecer de Porto Alegre, com seus parques da Orla cada vez mais qualificados, uma rede hoteleira robusta e o aeroporto Salgado Filho operando quase em sua totalidade depois da enchente que reduziu o turismo no RS praticamente a zero.
O Plano de Desenvolvimento Econômico do RS, lançado há poucos dias pelo governo gaúcho, promete ser um catalisador para o setor, fortalecendo o Estado como destino nacional e internacional.
Claramente, há espaço para o turismo gaúcho crescer, aumentar sua participação no PIB e gerar desenvolvimento para diferentes regiões do RS. Para isso, é impreterível tanto a melhoria na infraestrutura de municípios, com bons acessos por via aérea ou rodoviária, quanto a qualificação de profissionais.
 

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