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Publicada em 12 de Novembro de 2024 às 18:24

Oportunidade para retomar o polo naval de Rio Grande

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ARTE/JC
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Uma boa notícia para a economia da Região Sul gaúcha. O Estaleiro Rio Grande, em consórcio com a Mac Laren, foi a único a apresentar proposta para a construção de quatro navios para a Transpetro, subsidiária da Petrobras. O valor sugerido para executar o serviço foi de R$ 1,73 bilhão.
Uma boa notícia para a economia da Região Sul gaúcha. O Estaleiro Rio Grande, em consórcio com a Mac Laren, foi a único a apresentar proposta para a construção de quatro navios para a Transpetro, subsidiária da Petrobras. O valor sugerido para executar o serviço foi de R$ 1,73 bilhão.
Isso não significa, necessariamente, que o complexo gaúcho sairá vencedor da licitação. Lideranças políticas, contudo, estão confiantes que as etapas técnicas serão superadas e o contrato assinado até janeiro.
Se confirmada a construção das embarcações para transporte de derivados de petróleo, a economia de Rio Grande tende a dar uma virada já em 2025. A expectativa é que sejam gerados ao menos 700 empregos por um prazo de três anos.
Desde a derrocada do polo naval, na década passada, a cidade se fragilizou. Agora, tem a chance de impulsionar sua economia.
Evidentemente, essa boa notícia relacionada a Ecovix não significa a retomada do polo naval, tanto em nível de produção quanto em número de postos de trabalho, mas é um passo importante, somado a outros investimentos.
A própria Ecovix, por exemplo, vem diversificando suas atividades com movimentação de cargas, reparos de embarcações e, mais recentemente, com o desmonte de plataformas de petróleo.
Em dezembro de 2023, chegou ao Estaleiro Rio Grande a P-32, plataforma da Petrobras para ser desmanchada, em uma parceria entre a Gerdau e a Ecovix. Até 250 pessoas serão empregadas no desmanche, cuja sucata gerada virará matéria-prima para a produção de aço.
O processo de desmonte, porém, precisou ser pausado após a Petrobras constatar que havia um grande volume de óleo em compartimentos da plataforma. O material precisa ter um destino adequado e só depois o processo terá início.
Outros projetos, principalmente o de geração de energia eólica offshore devem ganhar uma posição de destaque na economia do município. Hoje, dos 27 em tramitação no Ibama, 20 são no Litoral Sul. Um investimento que, juntamente à geração eólica por terra, futuramente pode abastecer o projeto de produção de hidrogênio verde no Estado.
Sobretudo devido ao porto, principal meio de saída da produção gaúcha, a economia do município é uma das maiores do RS. Ocupa a quarta posição, com um PIB R$ 13,28 bilhões, de acordo com os dados mais recentes divulgados.
Com o possível incremento à economia, também é preciso agilizar a finalização da duplicação da rodovia BR-116 Sul e do acesso à cidade pela ERS-734.
 

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