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Publicada em 11 de Novembro de 2024 às 18:58

Financiamento e metas são desafios da COP-29

ARTE/JC
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O ano de 2024 se encaminha para ser o mais quente já registrado. Com secas, inundações, furacões e nevascas históricas, é importante que o aumento da temperatura do planeta seja discutido e que as ações até agora tomadas sejam revistas.
O ano de 2024 se encaminha para ser o mais quente já registrado. Com secas, inundações, furacões e nevascas históricas, é importante que o aumento da temperatura do planeta seja discutido e que as ações até agora tomadas sejam revistas.
Com esse cenário climático cada vez mais desafiador, a COP 29, que teve início ontem em Baku, capital do Azerbaijão. Tem como principais objetivos chegar a consensos sobre financiamento, adaptação às mudanças do clima e mercados de carbono.
O financiamento de ações em nações em desenvolvimento - as mais afetadas pelas mudanças climáticas - por parte de países ricos, contudo, deve predominar na Conferência do Clima da ONU, que vem sendo chamada de "COP das Finanças".
Do evento, deve resultar a Nova Meta Quantificada Global de Finanças, ou seja, a definição de um novo valor de financiamento e de onde virão os recursos em substituição ao último acordo, que previa US$ 100 bilhões anuais entre 2020 e 2025.
Os 196 países na cúpula têm de superar ainda questões geopolíticas. Entre elas, o fato de a COP 29 ocorrer no Azerbaijão, ditadura cuja economia é baseada no petróleo, e o possível esvaziamento das ações dos EUA a partir de 2025, quando Donald Trump retorna à presidência.
Em 2017, em seu primeiro mandato, o republicano retirou os EUA do Acordo de Paris - limita o aumento da temperatura do planeta abaixo de 1,5°C. A justificativa foi a de que as promessas feitas pelos EUA eram um fardo econômico injusto imposto aos trabalhadores, empresas e contribuintes.
Em 2021, com Joe Biden, os EUA retornaram e começaram a investir US$ 375 bilhões em ações para frear as mudanças climáticas. Em 2025, porém, o presidente eleito deve retirar, novamente, o país do Acordo de Paris.
E, sem o apoio da maior economia do mundo, não será fácil alcançar as metas globais, muito menos o montante necessário que países ricos deverão levantar a partir do próximo ano para financiar medidas de adaptação em nações em desenvolvimento.
Outro fato que ameaça os compromissos da cúpula é que os dirigentes de EUA, China (Xi Jinping), União Europeia (Ursula von der Leyen), e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, não estarão presentes. E somados, esses quatro são os que mais emitem gases do efeito estufa.
O fato é que as políticas adotadas até agora já estão conduzindo o planeta a 3 graus de aquecimento. Assim, a COP tem o dever de chegar ao fim com o compromisso de aumentar a ambição das metas contra as mudanças climática e garantir sua viabilidade.
 

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