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Publicada em 31 de Outubro de 2024 às 18:46

Porto Alegre e os desafios da próxima gestão municipal

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Entre os desafios da próxima gestão municipal de Porto Alegre está encontrar soluções para problemas sociais, de planejamento urbano e de infraestrutura.
Entre os desafios da próxima gestão municipal de Porto Alegre está encontrar soluções para problemas sociais, de planejamento urbano e de infraestrutura.
O principal deles, sem dúvidas, é a remodelação do sistema de contenção de cheias. Uma responsabilidade ainda maior para o prefeito reeleito, após a Capital passar em maio por uma inundação sem precedentes.
Algumas ações, como a recuperação de diques, o fechamento de comportas e o reparo de casas de bombas já tiveram início.
Outras atribuições do governo municipal que devem receber uma especial atenção são o tratamento de esgoto, o sistema pluvial e a ampliação e requalificação de infraestruturas de macrodrenagem, com foco nas áreas críticas às inundações e alagamentos, com a construção de bacias de contenção.
Para resolver parte dessas questões, está nos planos do prefeito reeleito Sebastião Melo (MDB) buscar o apoio dos governos federal e estadual. Além disso, planeja conceder à iniciativa privada o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
A ideia inicial era uma parceria de forma parcial, mantendo serviços de drenagem urbana sob o poder público e delegando os tratamentos de água e esgoto ao setor privado.
No Centro Histórico, a finalização de obras como o Quadrilátero Central e a revitalização do Viaduto Otávio Rocha são essenciais para uma retomada econômica da região, já tão prejudicada pelas enchentes. Desde maio, o número de comércios que fechou é visível. Os que têm resistido, reclamam de redução nas vendas e que as obras impedem uma volta à normalidade.
Outros temas também são prementes, como a implementação de políticas públicas voltadas à população em situação de rua, que envolvam assistência social, saúde, segurança alimentar, trabalho e renda e profissionalização. Levantamento do Ministério Público do RS, divulgado em julho, indicou que há 2.371 pessoas vivendo nas ruas da Capital. O déficit habitacional, especialmente para famílias com renda até três salários-mínimos, é outro tema que a gestão precisará enfrentar. Em janeiro, mais de 32 mil pessoas estavam inscritas para receber uma casa.
O prefeito Sebastião Melo já declarou que este será um novo governo, e que planeja fazer mais e melhor. Com o respaldo das urnas, agora é preciso tirar esse projeto do papel. Além de avançar no desenvolvimento econômico, é importante ter entregas que garantam segurança de que a cidade não irá mais alagar como ocorreu na enchente de maio.
 

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