A quarta edição de 2024 do Mapa Econômico do Rio Grande do Sul circulou nesta quarta-feira. O inovador projeto do Jornal do Comércio identifica as principais cadeias produtivas nas regiões, além de apontar desafios e oportunidades de desenvolvimento.
Nesta edição, o foco está nas Regiões Central, Vale do Taquari, Vale do Rio Pardo, Vale do Jaguari e Jacuí Centro. São 93 municípios, que concentram 12,09% do PIB gaúcho e onde vivem 1,4 milhão de habitantes.
A produção industrial de alimentos e bebidas está entre as principais vocações. O Vale do Taquari concentra 1,2 mil empresas destes setores, gerando 16 mil empregos. No Vale do Rio Pardo e na Região Central despontam a produção de doces.
Mesmo com as cheias históricas, os segmentos mantiveram a produção, ganhando maior terreno no mercado nacional e internacional, e contribuindo de forma significativa neste momento de retomada econômica.
Situação semelhante ocorre no setor de proteína animal, especialmente com a atuação de cooperativas e, mais recentemente, com a entrada de multinacionais em frigoríficos.
A construção civil está experimentando um aquecimento, especialmente no Vale do Taquari e em Santa Maria, relacionado às migrações de moradores dentro da própria região.
No agronegócio, o estímulo à sustentabilidade tem como símbolo a primeira usina de produção de etanol a partir do trigo, em Santiago. Iniciativa que fomentará tanto o plantio do grão quanto a indústria de bebidas e a cadeia de biocombustível.
O cultivo de soja na Região Central é a principal responsável pelo salto nos números da economia dos municípios onde há os maiores plantios. Uma cadeia que estimula também a industrialização e a exportação. Cachoeira do Sul, por exemplo, viu quadruplicar o volume de exportações.
Na cheia, as regiões Jacuí Centro e Central foram as que mais registraram perdas nas lavouras de arroz. Ainda assim, o setor segue apostando na qualidade do produto e no avanço das técnicas de manejo para manter a alta produtividade. Igualmente, as cooperativas seguem investindo em ampliações industriais e de produção.
Contudo, com a infraestrutura bastante afetada pelas cheias, as regiões dos Vales merecem especial atenção em investimentos em rodovias. Há ainda a demanda por um aeroporto regional em Santa Maria.