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Publicada em 10 de Outubro de 2024 às 18:51

O Ensino Superior e a atração de investimentos no País

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O número de alunos no Ensino Superior no Brasil avançou 5,6% de 2002 para 2023 e chegou ao maior patamar dos últimos nove anos, com 9,9 milhões de matrículas, somadas tanto as presenciais quanto as da modalidade a distância. São números importantes para um país que precisa fomentar a inovação e pesquisa para se desenvolver economicamente.
O número de alunos no Ensino Superior no Brasil avançou 5,6% de 2002 para 2023 e chegou ao maior patamar dos últimos nove anos, com 9,9 milhões de matrículas, somadas tanto as presenciais quanto as da modalidade a distância. São números importantes para um país que precisa fomentar a inovação e pesquisa para se desenvolver economicamente.
Os dados do Censo de Educação Superior mostram, também, que hoje existem 4,9 milhões de matrículas nos chamados cursos de educação a distância (EADs), 49% do total. As projeções são de que, em 2024, os estudantes EADs devem superar os matriculados em cursos presenciais. A diferença entre ambas as modalidades em 2023 era de apenas 150.220 matrículas.
Os EADs apresentam uma série de prós e contras. Os cursos remotos têm atraído mais alunos diante da facilidade logística e dos custos mais baixos. Pesam, também, a diversidade de cursos oferecidos.
É preciso, porém, fazer um parêntese quanto à qualidade. Em abril, dados referentes a 2022 divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) mostraram que apenas 450 cursos superiores EAD conseguiram notas 4 ou 5 no Conceito Preliminar de Curso (CPC) - cerca de 26,6% dos avaliados.
Três meses depois, o MEC suspendeu até março de 2025 a criação de novos cursos EAD, como parte do processo de criação de novos referenciais de qualidade para um marco regulatório.
Não são poucos os alunos que se gabam por nunca terem aberto um livro durante o período em que estiveram cursando uma graduação EAD, pela facilidade que é passar por provas objetivas, muitas delas acessíveis com poucos cliques em uma página de busca na internet, e executar as tarefas.
É necessário, notoriamente, que se discuta uma regulação, uma vez que a formação de uma força de trabalho qualificada, essencial para a inovação, competitividade e crescimento econômico, vem, majoritariamente, do ambiente acadêmico. Profissionais bem preparados e com uma formação sólida são capazes de impulsionar setores-chave da economia.
Contudo, não são apenas esses os motivos pelos quais se deve incentivar que cada vez mais pessoas tenham acesso ao Ensino Superior no Brasil. A educação é uma porta que se abre para a redução de desigualdades sociais e econômicas, que afetam diretamente a estabilidade e o crescimento brasileiros.
Da mesma forma, aos olhos de investidores externos, países com um sistema educacional forte e um grande percentual populacional com acesso ao Ensino Superior são mais atraentes.
 

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