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Publicada em 02 de Outubro de 2024 às 19:09

A retomada dos aeroportos e a economia do RS

ARTE/JC
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O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, voltará a ter pousos e decolagens dentro de três semanas, após cinco meses fechado devido às enchentes de maio. O retorno da operação, juntamente com os planos de reforço da aviação regional, certamente darão um novo impulso à retomada da economia gaúcha.
O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, voltará a ter pousos e decolagens dentro de três semanas, após cinco meses fechado devido às enchentes de maio. O retorno da operação, juntamente com os planos de reforço da aviação regional, certamente darão um novo impulso à retomada da economia gaúcha.

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No dia 21 de outubro, a pista do Salgado Filho será reativada para a malha doméstica. A previsão é de cerca de 130 voos diários, ante 185 de antes da enchente.
Outra boa notícia para o setor aéreo gaúcho é que três dos terminais mais importantes do Interior - Pelotas, Uruguaiana e Bagé, que abrangem Sul e Fronteira Oeste -, concedidos ao setor privado, estão com obras de melhorias em estágio final. Os investimentos em instalações ou novos terminais chegam a R$ 160 milhões.
Agora, com os aeroportos mais aprazíveis, o desafio é atrair as companhias aéreas. O oferecimento de novos voos, por certo, irá impulsionar não apenas o turismo, como também a economia de diferentes regiões gaúchas.
Caxias do Sul, na Serra, igualmente realiza melhorias para se consolidar como alternativa mesmo com o retorno do Salgado Filho. Antes da enchente, recebia de 10 a 13 operações diárias regulares. Com o fechamento do aeroporto de Porto Alegre, o número de operações subiu para 93.
Os aeroportos de Canela, também na Serra, e Torres, no Litoral Norte, cujas gestões foram repassadas do Estado à Infraero, igualmente realizam obras. São dois municípios com grande capacidade de fomentar tanto a economia de suas regiões quanto a do Estado, principalmente o turismo.
Depois de habilitados, um segundo passo será convencer as companhias aéreas de que vale a pena incluir as cidades em suas rotas. Um dos argumentos que pode ser usado é que Serra e Litoral Norte foram as regiões que mais registraram crescimento populacional entre 2012 e 2022, segundo dados do Censo.
Em 2021, o RS chegou a ser o estado mais conectado por voos entre as suas cidades, superando Bahia e Ceará. Com o tempo, algumas rotas foram fechadas e outras deixaram de operar devido à enchente.
Uma retomada consistente e duradoura depende tanto de incentivos quanto do apoio da população dessas cidades. Há vários desafios, tanto financeiros quanto operacionais, às companhias que fazem essas rotas.
O maior deles talvez seja o alto custo do querosene de aviação. Um cenário que não deixa o valor das passagens atrativo e, seguramente, é um dos grandes impeditivos para um maior crescimento da aviação regional.
 

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