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Publicada em 09 de Setembro de 2024 às 01:25

O peso do e-commerce na economia do Brasil

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Não é novidade que o comércio eletrônico cresce mais e mais no Brasil a cada ano. A modalidade de compras pela internet já está consolidada na vida do brasileiro, contudo, para manter o mercado aquecido, é preciso atenção à inclusão digital.
Não é novidade que o comércio eletrônico cresce mais e mais no Brasil a cada ano. A modalidade de compras pela internet já está consolidada na vida do brasileiro, contudo, para manter o mercado aquecido, é preciso atenção à inclusão digital.
Em 2023, o comércio eletrônico brasileiro cresceu 4% em relação a 2022 e movimentou o equivalente a US$ 196,1 bilhões. Em relação a 2016, mais do que quintuplicou de tamanho. Naquele ano, movimentou pouco mais de R$ 39 bilhões.
Os dados do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional mostram que um dos motivos para esse salto foi a pandemia de Covid-19, quando não apenas os brasileiros, mas a população mundial se obrigou a ter uma nova relação com o consumo.
No ano passado, os smartphones lideraram as vendas do e-commerce brasileiro, movimentando R$ 10,3 bilhões. Em seguida, a compra de livros, brochuras e impressos representou R$ 6,4 bilhões; televisores, R$ 5,3 bilhões; refrigeradores e congeladores, R$ 5 bilhões, e tablets, R$ 4,4 bilhões.
No mesmo ano, a Pnad Contínua do IBGE identificou que 72,5 milhões de domicílios tinham acesso à internet (92,5%) no Brasil. Nas áreas urbanas, o percentual passou de 93,5% para 94,1% e, nas áreas rurais, de 78,1% para 81%. Por outro lado, a pesquisa identificou que 5,9 milhões de domicílios não utilizavam a internet, sendo o principal motivo o fato de nenhum morador saber como usá-la (33,2%).
Apesar de, na média, 84% da população já ser usuária de internet, as condições desse acesso são bastante desiguais. A título de exemplo, apenas 22% dos brasileiros com mais de 10 anos de idade têm condições satisfatórias de conectividade. Outros 33% estão no nível mais baixo do índice que mede a conectividade significativa (de 0 a 2 pontos) e 24% ocupam a faixa de 3 a 4 pontos.
Os níveis foram determinados por pesquisa do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, o que resultou numa escala de 0 a 9, na qual o score zero indica ausência de todas as características aferidas, enquanto o nove denota a presença de todas elas.
O Brasil é um país de dimensões continentais, ainda com muitas cidades isoladas de centros urbanos. Esse é um aspecto que, obviamente, dificulta que toda a população tenha acesso igualitário às tecnologias. Mas o fato é que, hoje, o ambiente digital tem uma importância enorme na vida das pessoas e um peso gigantesco para a economia. Por isso, é preciso ter em mente que a inclusão digital também significa avanço do e-commerce e desenvolvimento nacional.
 

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