Conhecer a diversidade econômica de cada região do Rio Grande do Sul é essencial para pensar e projetar novos investimentos tanto públicos quanto privados.
O Mapa Econômico do Rio Grande do Sul, projeto do Jornal do Comércio que entra em seu segundo ano, se propõe a fazer um raio-X da economia gaúcha de forma regional.
Foi publicada nesta segunda-feira a primeira edição de 2024, com um panorama da Região Norte do Estado, agrupando 11 microrregiões (Norte, Noroeste Colonial, Fronteira Noroeste, Missões, Celeiro, Médio Alto Uruguai, Nordeste, Produção, Alto da Serra do Botucaraí, Rio da Várzea e Alto Jacuí), que tiveram crescimento representativo do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos.
A soma dos PIBs microrregionais consolida essa parte do Estado como a segunda maior economia gaúcha, com 21% do PIB total do RS. São 221 municípios, que concentram 18,54% da população do Estado.
O destaque, nesse sentido, é Passo Fundo, na Região da Produção. Sexto maior PIB do Estado, o município tem indústria forte, sobretudo com a produção de biocombustíveis, o setor de serviços e o polo de saúde - o terceiro maior do Sul do Brasil. Da mesma forma, universidades, centros de inovação e escolas de ponta são atrativos.
Erechim, por sua vez, além de concentrar os maiores valores industriais da região, possui oportunidades de emprego. Por lá, o setor metalmecânico é tão forte que as empresas locais disputam soldadores. Do mesmo modo, a procura de empresas por um lugar para se instalar fez o município construir novos pavilhões e industriais.
A Região Norte é, igualmente, forte no cultivo de soja e protagonista na área de máquinas agrícolas. Os investimentos em agricultura de precisão, irrigação e pesquisa apontam para um futuro de maior produtividade com mais sustentabilidade.
Na Região Norte estão 10 municípios entre os 50 maiores exportadores gaúchos no primeiro semestre de 2024 - resultado das vendas do setor metalmecânico, de máquinas agrícolas, soja em grão ou com seus derivados, carrocerias e veículos, carne suína e derivados, estruturas metálicas para construção civil e até pedras preciosas.
Um trunfo é justamente o fato de a região ter sido uma das menos afetadas pelas cheias de maio e, por isso, possui todas as ferramentas para puxar a recuperação da economia do Rio Grande do Sul.