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Publicada em 25 de Julho de 2024 às 18:39

Paris 2024 e o recado por mais igualdade e sustentabilidade

Editorial

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ARTE/JC
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Os Jogos Olímpicos procuram despertar a importância da união e do consenso. A cada quatro anos, propõem uma reflexão sobre a utilização do esporte como instrumento para a promoção da paz e do respeito, algo tão caro em um 2024 marcado por guerras, conflitos étnicos e políticos e pelas consequências devastadoras das mudanças climáticas.
Os Jogos Olímpicos procuram despertar a importância da união e do consenso. A cada quatro anos, propõem uma reflexão sobre a utilização do esporte como instrumento para a promoção da paz e do respeito, algo tão caro em um 2024 marcado por guerras, conflitos étnicos e políticos e pelas consequências devastadoras das mudanças climáticas.
Desde sua primeira edição na Era Moderna, em 1896, em Atenas, na Grécia, até a que tem início oficial nesta sexta-feira, em Paris, na França, há uma busca por mostrar que os Jogos Olímpicos vão além da competição atlética. Obviamente, na medida em que o mundo foi se alterando socialmente, as reflexões que os Jogos procuram instigar, também foram, sempre tendo como fio condutor o quanto a humanidade pode alcançar quando trabalha unida.
Na edição deste ano, Paris mostrou-se determinada a dar um recado sobre meio ambiente, igualdade de gênero e direitos humanos. Dos 10.500 atletas, em 48 modalidades, o Comitê Olímpico Internacional (COI) determinou que as vagas fossem preenchidas igualmente por homens e mulheres. A delegação brasileira, por exemplo, é composta por mais mulheres (153) do que homens (121).
A capital francesa será dos Jogos pela terceira vez: 1900, 1924 e 2024. Na última, há 100 anos, menos de 5% dos competidores eram mulheres.
As Olimpíadas também contarão com uma equipe de refugiados. Já os representantes de Rússia e Bielorrússia - que apoiou a invasão à Ucrânia, maior conflito na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial - vão competir como atletas neutros. No entanto, ficam de fora do quadro oficial de medalhas e do evento inaugural.
No quesito sustentabilidade, a França assumiu o compromisso de reduzir ao máximo os impactos ambientais. Por isso, 95% das estruturas que serão utilizadas já existiam ou foram erguidas de forma temporária.
Ambiciosamente, entre as metas está emitir menos da metade dos gases de efeito estufa dos Jogos de Londres 2012. Para isso, adotou na preparação das refeições 80% de ingredientes de produtores de regiões próximas, reduzindo a poluição do transporte, e o uso de fontes de energias renováveis, essencialmente solar e eólica, nos locais de competições.
Na cerimônia de abertura desta sexta-feira - a expectativa é de que 1 bilhão de pessoas assistam -, ao mostrar que é sustentável, diversificada e inclusiva, Paris dá um recado ao mundo, mas principalmente aos governos das 204 nações que enviaram delegações, de que é possível fazer mais pelo planeta.
 

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