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Publicada em 09 de Julho de 2024 às 18:52

Um primeiro passo para a retomada do Salgado Filho

Editorial

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ARTE/JC
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Depois de mais de dois meses sem atividades, o Aeroporto Internacional Salgado Filho irá retomar as operações de embarque e desembarque de passageiros no dia 15 de julho, assim como os serviços de check-in e despacho de bagagens. Os voos continuam a partir da Base Aérea de Canoas, mas o terminal que funcionava de forma provisória no ParkShopping será desativado. A iniciativa é um primeiro passo para reativar as operações no terminal - administrado pela Fraport -, mesmo que os pousos e decolagens ainda não tenham uma data oficial para serem retomados.
Depois de mais de dois meses sem atividades, o Aeroporto Internacional Salgado Filho irá retomar as operações de embarque e desembarque de passageiros no dia 15 de julho, assim como os serviços de check-in e despacho de bagagens. Os voos continuam a partir da Base Aérea de Canoas, mas o terminal que funcionava de forma provisória no ParkShopping será desativado. A iniciativa é um primeiro passo para reativar as operações no terminal - administrado pela Fraport -, mesmo que os pousos e decolagens ainda não tenham uma data oficial para serem retomados.
Severamente atingido pelas enchentes de maio, o maior hub do Sul do Brasil está fechado para o tráfego aéreo desde 3 de maio, quando a água tomou conta de boa parte da pista e de áreas do terminal de passageiros.
A volta dos passageiros é um primeiro e importante passo para a tão esperada reativação do terminal. Obviamente, foram encontradas maneiras de remanejar parte dos voos após o fechamento do Salgado Filho.
Cidades do Interior, como Caxias do Sul e Pelotas, tiveram incremento em suas operações. Igualmente, a Base Aérea de Canoas tornou-se um importante ativo ao receber voos e decolagens antes destinados ao Salgado Filho.
Porém, é indiscutível que a paralisação de pousos e decolagens na Capital afeta a malha aeroviária nacional - com desvio de voos a outras cidades e até para fora do Estado. A situação prejudica o deslocamento de pessoas, o que acaba por respingar na economia gaúcha, principalmente nos setores de turismo e eventos.
Em 2024, até abril, o Salgado Filho registrou fluxo de 2,2 milhões de passageiros. Antes da enchente atingir o terminal, eram realizados em torno de 150 pousos e decolagens por dia no local. A Base Aérea opera, atualmente, com voos diários apenas para São Paulo - Congonhas, Guarulhos e Viracopos. A população da Região Metropolitana ainda não têm acesso direto a destinos demandados, como o Rio de Janeiro.
Os números falam por si. O Rio Grande do Sul continua prejudicado pela situação. Por certo, a volta das operações, mesmo que de forma parcial, é um primeiro passo, mas é essencial que a situação da pista do Salgado Filho seja resolvida. Na mesma data que o terminal voltará a receber passageiros, a Fraport deve apresentar ao governo federal o diagnóstico das condições e eventuais danos à área de pousos e decolagens e demandas de equipamentos. As previsões mais otimistas indicam que os voos possam ser retomados em outubro. As mais realistas, apenas em dezembro.
 

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