A história do Rio Grande do Sul tem relação direta com as colonizações italiana e alemã. Estreitar os laços comerciais, de inovação e tecnologias com essas nações e valorizar efemérides da chegada dos primeiros imigrantes a desembarcarem aqui - há 150 e 200 anos respectivamente - é o que mira o governo do Estado com a missão internacional à Itália e à Alemanha.
A imigração germânica completa 200 anos neste ano, e a chegada dos primeiros italiano, 150 anos em 2025. Por isso, uma missão como essa, em um período emblemático, é uma oportunidade para abrir as portas do Estado a novas áreas e consolidar setores já fortes, como o de vinhos e o de móveis, e outros em plena expansão, como o de energias renováveis.
E não são poucas as oportunidades, principalmente as ligadas às Parcerias Público-Privadas (PPPs) do governo nas áreas de infraestrutura, educação e saúde. A quantidade e a qualidade dos projetos têm impressionado investidores. As privatizações e concessões já realizadas têm aportes projetados de R$ 45 bilhões e a carteira futura gira em torno de
R$ 11 bilhões.
R$ 11 bilhões.
Na Itália, as prospecções ficarão concentradas entre a região do Vêneto - de onde partiu a maioria dos imigrantes italianos que vieram para o Rio Grande do Sul no século XIX - e Roma.
Lá, as reuniões visam divulgar o Estado como destino para investimentos italianos, incluindo estreitar o relacionamento com instituições financeiras públicas e privadas de fomento, e buscar oportunidades de cooperação em diferentes áreas, entre as quais a que envolve segurança alimentar com produção irrigada sustentável e o setor ferroviário.
Na Alemanha, estão na agenda visitas aos governos de Hessen, Rheinlandpfalz e Saarland - regiões de origem de grande parte dos imigrantes que desembarcaram por aqui a partir de 1824 - para estreitar a cooperação nas áreas econômicas, culturais, de ensino e pesquisa.
No roteiro, também está a tradicional Feira de Hannover - maior evento do mundo voltado exclusivamente à indústria e onde se conhece o que há de mais novo no mercado - e encontros visando discutir possibilidades para novos projetos eólicos no Rio Grande do Sul.
Em solo gaúcho, as regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste são lugares estratégicos para o desenvolvimento de energia limpa. Além dos projetos eólicos já em operação, há espaço para, melhorando a infraestrutura, atrair mais investimentos.