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Editorial

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- Publicada em 29 de Novembro de 2023 às 19:09

Na COP-28, Brasil busca investimentos na agenda verde

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JC
As mudanças climáticas são um dos desafios mais prementes que a humanidade enfrenta. Com o aumento das emissões de gases de efeito estufa, o aquecimento global e seus impactos tornaram-se uma realidade inegável. Características inerentes ao clima do Brasil, vento e sol são grandes ativos para uma transição energética capaz de frear essas mudanças. É justamente com um discurso de nação capaz de liderar a corrida global por uma matriz energética limpa que a delegação brasileira chega à Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP-28), em Dubai, nesta quinta-feira.
As mudanças climáticas são um dos desafios mais prementes que a humanidade enfrenta. Com o aumento das emissões de gases de efeito estufa, o aquecimento global e seus impactos tornaram-se uma realidade inegável. Características inerentes ao clima do Brasil, vento e sol são grandes ativos para uma transição energética capaz de frear essas mudanças. É justamente com um discurso de nação capaz de liderar a corrida global por uma matriz energética limpa que a delegação brasileira chega à Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP-28), em Dubai, nesta quinta-feira.
Além de renovar os compromissos de implementação do Acordo de Paris, o Brasil deverá endossar seu comprometimento em manter o aumento da temperatura média global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Da mesma forma, deve cobrar uma previsibilidade ao financiamento para atingir metas de redução de emissões.
Entre as expectativas do presidente Lula e dos 12 ministros que o acompanham aos Emirados Árabes também está a atração de investimentos tendo como chamariz a agenda verde, já que cada vez mais os investidores internacionais se preocupam com a questão energética.
Para chegar ao evento sobre o clima com algo mais tangível, o governo se articulou nas últimas semanas para fazer andar projetos que estão estagnados no Congresso, entre eles o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), o que regula o mercado de carbono e outro que favorece a produção de hidrogênio verde.
A aprovação deste "fundo verde", pautado para ser apreciado na Câmara na próxima semana - a COP-28 vai até 12 de dezembro -, abriria as portas para destravar outras agendas ambientais. O estímulo à produção de hidrogênio verde seria uma delas.
Um dos trunfos do Brasil é, justamente, possuir um vasto potencial para ser fomentado em áreas como energia eólica e fotovoltaica, hidrogênio verde e mercado de carbono. E o Rio Grande do Sul é um dos estados com essa vocação.
Por aqui, há, além da capacidade do aproveitamento do potencial eólico para a produção do hidrogênio verde, a possibilidade de se desenvolver uma cadeia desse combustível com a fonte solar. Estão nos planos do Estado ter a primeira planta de hidrogênio verde no porto de Rio Grande até 2030.
O que tem pesado nas discussões em nível nacional são os incentivos fiscais e tarifários. O custo para produzir o combustível ainda é elevado, mas a descarbonização é um fator determinante no combate às mudanças climáticas e medidas para impulsioná-la precisam de atenção especial.