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Publicada em 29 de Abril de 2025 às 18:19

Leite acredita que suspensão das dívidas rurais pode não ser suficiente

Desde 2020, Estado apenas não foi impactado economicamente por enchente ou estiagem em 2021

Desde 2020, Estado apenas não foi impactado economicamente por enchente ou estiagem em 2021

Prefeitura de Manoel Viana/Facebook/Divulgação/JC
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Ana Carolina Stobbe
Ana Carolina Stobbe Repórter
O governador Eduardo Leite (PSDB) considerou positiva a possibilidade de prorrogação imediata das dívidas de custeio e investimento dos produtores rurais do Rio Grande do Sul por até quatro anos, sinalizada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro nesta terça-feira (29). Embora o chefe do Executivo gaúcho ainda não tenha se reunido com o segmento para compreender a recepção da proposta, acredita que ela pode não ser suficiente para mitigar as dificuldades enfrentadas no meio rural.
O governador Eduardo Leite (PSDB) considerou positiva a possibilidade de prorrogação imediata das dívidas de custeio e investimento dos produtores rurais do Rio Grande do Sul por até quatro anos, sinalizada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro nesta terça-feira (29). Embora o chefe do Executivo gaúcho ainda não tenha se reunido com o segmento para compreender a recepção da proposta, acredita que ela pode não ser suficiente para mitigar as dificuldades enfrentadas no meio rural.
“Tenho a impressão de que vamos precisar de algo adicional. Inclusive, porque não é só sobre resolver as dívidas, tem que ser também sobre ajudar a financiar aquilo que vai nos proteger dos futuros ciclos de secas. Ou seja, a irrigação e o melhor manejo do solo para a recuperação de capacidade produtiva a partir dos nutrientes do solo”, pontuou em entrevista ao Jornal do Comércio.
Leite acrescenta, ainda, ter o entendimento de que Fávaro se preocupa com as questões do Rio Grande do Sul, mas diz acreditar que seja necessário ter um núcleo do governo federal sensibilizado pelos problemas climáticos enfrentados pelos gaúchos. Conforme relembra, o Estado foi afetado por seguidas estiagens entre 2020 e 2025, além da enchente de 2024.
Governador avaliou situação da agropecuária durante visita ao Jornal do Comércio nesta terça-feira (29) | EVANDRO OLIVEIRA/JC
Governador avaliou situação da agropecuária durante visita ao Jornal do Comércio nesta terça-feira (29) EVANDRO OLIVEIRA/JC
“O próprio governo federal reconhece que nenhum Estado brasileiro teve tantos prejuízos devido a eventos climáticos como o Rio Grande do Sul. Nós temos não apenas o maior volume de perdas, como ele é duas vezes maior que o do segundo Estado (mais afetado por eventos climáticos”, avalia, relembrando os impactos das estiagens e da enchente no Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho. Desde 2020, apenas o ano de 2021 não contou com eventos climáticos que prejudicassem a economia.
Uma das soluções que Leite tem apresentado ao governo federal para injetar recursos na agropecuária gaúcha que solucione a crise enfrentada pelos produtores rurais é pelo uso do Fundo Social do Pré-Sal. Ele avalia que o investimento poderia financiar projetos de irrigação que melhorem a produtividade. “Essa produtividade não atende apenas o Rio Grande do Sul, mas o Brasil. O País vai ter uma supersafra este ano, mas poderia ser ainda maior se o Estado não tivesse tido as perdas que teve. Então, o Brasil está perdendo conosco e é isso que tem que ser observado”, complementou.

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