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Publicada em 29 de Abril de 2025 às 17:48

"Jornada da indústria 4.0 não tem fim", diz vice-presidente de Operações da Stihl

Vice-presidente de Operações da Stihl Ferramentas Motorizadas, Arno Tomasini, participou da reunião-almoço da Câmara Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul.

Vice-presidente de Operações da Stihl Ferramentas Motorizadas, Arno Tomasini, participou da reunião-almoço da Câmara Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul.

Tânia Meinerz/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
"A jornada da indústria 4.0 não tem fim e tecnologias como, por exemplo, integração de sistemas, segurança cibernética, robótica e computação em nuvem existem para resolver algum tipo de problema nas empresas, para aumentar a produtividade ou para diminuir desperdícios". A análise é do vice-presidente de Operações da Stihl Ferramentas Motorizadas, Arno Tomasini, que nesta terça-feira (29) participou da reunião-almoço da Câmara Brasil-Alemanha do Rio Grande do Sul.
"A jornada da indústria 4.0 não tem fim e tecnologias como, por exemplo, integração de sistemas, segurança cibernética, robótica e computação em nuvem existem para resolver algum tipo de problema nas empresas, para aumentar a produtividade ou para diminuir desperdícios". A análise é do vice-presidente de Operações da Stihl Ferramentas Motorizadas, Arno Tomasini, que nesta terça-feira (29) participou da reunião-almoço da Câmara Brasil-Alemanha do Rio Grande do Sul.
Com o tema "Excelência Operacional na Industria 4.0", o encontro foi realizado no Hotel Hilton, em Porto Alegre. "O portfólio de tecnologias estão postos na mesa. A questão é saber qual tecnologia vamos utilizar para resolver um problema nas nossas empresas e se temos gente para atender tudo isso", questiona o dirigente.
Na Stihl, com sede em São Leopoldo e onde trabalham, mais de 2,5 mil funcionários, segundo Tomasini, a empresa trabalha com muito cuidado em relação a indústria 4.0. "Agora, não adianta comprarmos dez robôs e colocarmos nas linhas de operação da unidade industrial e sairmos falando que somos indústria 4.0", comenta. Na abertura da palestra, o Tomasini disse que a Indústria 4.0 é um movimento de evolução tecnológica que integra tecnologias digitais em processos industriais que foi "cunhado" pela Alemanha, mas precisamente na cidade de Hannover. De acordo com ele, as empresas só devem aplicar tecnologias digitais naquilo que é relevante, ou seja, onde existe viabilidade econômica, onde a ideia é melhorar as condições de trabalho e de segurança dos trabalhadores.
Com relação a unidade de São Leopoldo, Tomasini diz que a empresa aplica as tecnologias naqueles locais ou processos que demandam melhorias. "A Stihl trabalha na demanda que necessita da indústria 4.0", destaca. Segundo o executivo, a empresa está implantando uma usina fotovoltaica que computa dados de eletricidade e consumo para a indústria 4.0. Na área de robótica, estão sendo colocados robôs semiautônomos na fábrica para checagem de qualidade. "Temos 120 robôs na unidade de São Leopoldo e vamos colocar mais dez", acrescenta. Para Tomasini, a realidade é que não existe apenas uma área para aplicação da indústria 4.0. Ou seja, a tecnologia pode ser aplicada em todas as frentes de uma organização.  
Conforme Tomasini, a unidade de São Leopoldo, em termos de comparação com as fábricas da Stihl da Alemanha, Estados Unidos, China, Suíça, Áustria e Filipinas, é igual ou melhor em qualidade do que as do exterior. "Em 2024, ganhamos o prêmio de Melhor Qualidade de Produtos fabricados no grupo Stihl reconhecido pela matriz da Alemanha", acrescenta.
A Stihl produz 50% dos produtos para o mercado brasileiro e 50% são exportados para mais de 80 países. "A unidade de São Leopoldo tem uma competição intensa com a Stihl da Alemanha, dos Estados Unidos, da China, Suíça, Filipinas e da Áustria. Dentro do grupo Stihl a competição também é muito grande", ressalta. A primeira unidade de produção da Stihl, e única do País, fora da Alemanha iniciou sua fabricação, em 1973. A unidade do Vale dos Sinos atua especialmente na produção de cilindros: 90% de todos os cilindros utilizados no grupo Stihl vêm do Brasil.
Segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a Indústria 4.0 deve movimentar nos próximos 15 anos mais de US$ 15 trilhões. Porém, no Brasil, um estudo da ABDI registra apenas 2% das empresas em território nacional investindo nessa tecnologia.

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