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Publicada em 28 de Abril de 2025 às 16:43

Termelétrica Candiota 3 volta a operar no mercado de curto prazo

Termelétrica havia cessado a geração de energia em janeiro deste ano

Termelétrica havia cessado a geração de energia em janeiro deste ano

cgt eletrosul/DIVULGAÇÃO/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Depois de ter interrompido as atividades em janeiro deste ano, a usina gaúcha a carvão Candiota 3 voltou a produzir energia neste mês. O presidente da Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS), Fernando Zancan, revela que o ambiente em que essa geração está sendo comercializada é o do mercado spot (de curto prazo).
Depois de ter interrompido as atividades em janeiro deste ano, a usina gaúcha a carvão Candiota 3 voltou a produzir energia neste mês. O presidente da Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS), Fernando Zancan, revela que o ambiente em que essa geração está sendo comercializada é o do mercado spot (de curto prazo).
“O sistema (elétrico) está demandando e irá demandar mais”, comenta o dirigente. Zancan ressalta que a operação da termelétrica no município de Candiota deverá persistir, enquanto esse panorama perdurar. A planta havia parado sua geração no começo do ano, porque tinha encerrado o seu contrato de longo prazo de fornecimento de energia.
Em nota, a Âmbar Energia, empresa responsável pelo complexo, informa que “religou a usina Candiota 3 após um investimento de R$ 150 milhões em manutenção e modernização, realizado entre janeiro e abril de 2025. A confiança da Âmbar na importância de Candiota 3 para a segurança energética do País está sendo confirmada pelos baixos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas no Subsistema Sul neste momento”.

O comunicado complementa que “Candiota 3 está funcionando em uma operação deficitária, como usina merchant (sem contrato), para contribuir com a segurança energética do País em um cenário hídrico adverso e com a manutenção dos empregos em toda a cadeia produtiva ligada à usina”. Dentro desse contexto, o engenheiro ambiental do Instituto Internacional Arayara, John Fernando de Farias Wurdig, classifica como uma estratégia em caráter emergencial a atividade da termelétrica.
“A usina está com muitos problemas ambientais, inúmeras multas e processos no Ibama”, enfatiza Wurdig. Ele recorda que a licença ambiental de Candiota 3 vence em 2026. O integrante do Arayara considera como praticamente impossível a renovação do licenciamento. “Precisamos falar sobre o descomissionamento (desativação) da usina, com a indenização dos trabalhadores e a requalificação deles, que é a proposta da transição energética. Não dá mais para postergar essa termelétrica até 2040 ou 2050”, defende Wurdig.
A possibilidade de um contrato de longo prazo para a unidade poderia ser viabilizada através de artigos embutidos no Projeto de Lei (PL) 576. Porém, a parte do texto que beneficiava a termelétrica foi vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esses vetos serão analisados pelo Congresso Nacional, o que deve acontecer em 27 de maio.

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