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Publicada em 25 de Abril de 2025 às 18:28

Ibovespa acumula alta de quase 4% na semana, de olho em negociações EUA-China

O Ibovespa fechou com leve alta de 0,12%, aos 134.739,28 pontos

O Ibovespa fechou com leve alta de 0,12%, aos 134.739,28 pontos

ARTE/JC
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Agências
Depois de fechar no maior nível em 7 meses na véspera, o Ibovespa acabou oscilando entre faixas mais estreitas nesta sexta-feira. Por fim, respaldou-se nos ganhos de Nova York e fechou em leve alta, sem fôlego por conta da falta de sinais mais concretos de avanços nas negociações entre Estados Unidos e China, e pelo grande peso da queda de 2% das ações da Vale, após decepção com balanço do primeiro trimestre de 2025 e na esteira da queda do minério de ferro.O Ibovespa fechou com leve alta de 0,12%, aos 134.739,28 pontos, mais próximo da máxima intradia de 134.992,22 pontos (+0,31%) do que da mínima. Na semana, o índice acumulou alta de 3,93%, com retorno de fluxo estrangeiro nos pregões desde sexta-feira, após 14 sessões ininterruptas de retirada de recursos.O mercado amanheceu com a notícia de que a China reiterou não estar discutindo o embate tarifário com os EUA, após o presidente Donald Trump afirmar ontem que se reuniu com autoridades chinesas. O porta voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, acrescentou que os EUA "deveriam parar de criar confusão".A tarde, Trump afirmou que os EUA não vão abandonar as tarifas contra a China, a menos que o país de algo em troca. Minutos depois, o Ibovespa chegou a mergulhar para a mínima da sessão, recuando 0,29%, aos 134.840,58 pontos.Com tantos ruídos, "fica difícil entender como estão se dando as negociações, e saber quem está falando a verdade: Trump, ou China", comenta Rodrigo Alvarenga, sócio da One Investimentos.Mas aos poucos o índice foi voltando a oscilar mais perto da estabilidade, por fim encerrando em leve alta, acompanhando Nova York, mas aquém do índice S&P 500 (+0,74%) e Nasdaq (+1,26%), enquanto Dow Jones fechou a +0,05%."Temos visto uma correlação com o mercado americano, mesmo que não estejamos subindo tanto hoje. A declaração do Trump deu a impressão pontual de que o debate das tarifas ficaria um pouco mais acalorado e o S&P 500 teve um movimento de correção, mas depois que o exterior começou a se recuperar, nossa Bolsa também acompanhou", avalia o analista Hayson Silva, da Nova Futura Investimentos.Especificamente hoje o índice teve grande pressão da Vale, que cedeu 2,64% após reportar um lucro líquido de US$ 1,394 bilhão, 17% menor do que no primeiro trimestre de 2024, e um Ebitda ajustado de US$ 3,115 bilhões, recuo anual de 9%. O BTG Pactual menciona que a dívida líquida expandida da mineradora alcançou US$ 18 bilhões, US$ 1,8 bilhão a mais do que no trimestre anterior, indicando que dividendos extraordinários permanecem improváveis.
Depois de fechar no maior nível em 7 meses na véspera, o Ibovespa acabou oscilando entre faixas mais estreitas nesta sexta-feira. Por fim, respaldou-se nos ganhos de Nova York e fechou em leve alta, sem fôlego por conta da falta de sinais mais concretos de avanços nas negociações entre Estados Unidos e China, e pelo grande peso da queda de 2% das ações da Vale, após decepção com balanço do primeiro trimestre de 2025 e na esteira da queda do minério de ferro.

O Ibovespa fechou com leve alta de 0,12%, aos 134.739,28 pontos, mais próximo da máxima intradia de 134.992,22 pontos (+0,31%) do que da mínima. Na semana, o índice acumulou alta de 3,93%, com retorno de fluxo estrangeiro nos pregões desde sexta-feira, após 14 sessões ininterruptas de retirada de recursos.

O mercado amanheceu com a notícia de que a China reiterou não estar discutindo o embate tarifário com os EUA, após o presidente Donald Trump afirmar ontem que se reuniu com autoridades chinesas. O porta voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, acrescentou que os EUA "deveriam parar de criar confusão".

A tarde, Trump afirmou que os EUA não vão abandonar as tarifas contra a China, a menos que o país de algo em troca. Minutos depois, o Ibovespa chegou a mergulhar para a mínima da sessão, recuando 0,29%, aos 134.840,58 pontos.

Com tantos ruídos, "fica difícil entender como estão se dando as negociações, e saber quem está falando a verdade: Trump, ou China", comenta Rodrigo Alvarenga, sócio da One Investimentos.

Mas aos poucos o índice foi voltando a oscilar mais perto da estabilidade, por fim encerrando em leve alta, acompanhando Nova York, mas aquém do índice S&P 500 (+0,74%) e Nasdaq (+1,26%), enquanto Dow Jones fechou a +0,05%.

"Temos visto uma correlação com o mercado americano, mesmo que não estejamos subindo tanto hoje. A declaração do Trump deu a impressão pontual de que o debate das tarifas ficaria um pouco mais acalorado e o S&P 500 teve um movimento de correção, mas depois que o exterior começou a se recuperar, nossa Bolsa também acompanhou", avalia o analista Hayson Silva, da Nova Futura Investimentos.

Especificamente hoje o índice teve grande pressão da Vale, que cedeu 2,64% após reportar um lucro líquido de US$ 1,394 bilhão, 17% menor do que no primeiro trimestre de 2024, e um Ebitda ajustado de US$ 3,115 bilhões, recuo anual de 9%. O BTG Pactual menciona que a dívida líquida expandida da mineradora alcançou US$ 18 bilhões, US$ 1,8 bilhão a mais do que no trimestre anterior, indicando que dividendos extraordinários permanecem improváveis.

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