Um vultoso investimento é preparado pela CPFL Transmissão no Rio Grande do Sul para o ciclo de 2025 a 2029. Em modernização de subestações de energia, frota de veículos, expansão de capacidade e substituição de equipamentos como, por exemplo, linhas que já estão depreciadas, a companhia projeta um aporte de aproximadamente R$ 3,9 bilhões no período.
O investimento representa mais do que o dobro do aplicado pela empresa até agora. Desde a privatização da área de transmissão da antiga CEEE-T, que foi arrematada por R$ 2,67 bilhões pela CPFL em julho de 2021, o grupo privado já investiu em torno de R$ 1,6 bilhão em melhorias dos ativos adquiridos. Para 2025, está previsto um desembolso de R$ 638 milhões.
O vice-presidente de Novos Negócios e da CPFL Transmissão, Vitor Fagali, comenta que a companhia responde por mais de 60% da capacidade de transmissão de energia do Rio Grande do Sul. Nesta quinta-feira (24), a empresa celebrou a conclusão da revitalização da subestação Cidade Industrial, que fica em Canoas. A obra, de acordo com Fagali, implica um benefício direto para cerca de 140 mil consumidores do município e região. O complexo é uma das maiores subestações do Rio Grande do Sul e a de maior capacidade da CPFL Transmissão.
“É uma revitalização muito importante, em que trazemos uma maior resiliência para o sistema elétrico do Estado”, enfatiza o executivo. Segundo ele, o principal objetivo com a medida é fortalecer a rede para evitar qualquer tipo de cortes de energia. O investimento na iniciativa foi de R$ 162 milhões, o que possibilitou a elevação da capacidade de fornecimento de energia de 400 MVA para 600 MVA.
Além da revitalização da subestação, a CPFL aproveitou a solenidade desta quinta-feira para apresentar um dos dois caminhões com tecnologia norte-americana que adquiriu para trabalhar com linhas energizadas com tensões de até 230 kV. Cada um desses veículos teve um custo de cerca de R$ 2,6 milhões. O equipamento conta com um cesto aéreo que permite alcançar alturas de até 28 metros para a realização de manutenções.
Depois da unidade em Canoas, a CPFL Transmissão deve finalizar ainda neste primeiro semestre a modernização e ampliação da subestação de Nova Prata 2, resultado de um investimento de aproximadamente R$ 78 milhões. A maior parte dos recursos da empresa no Rio Grande do Sul tem sido direcionada para empreendimentos já existentes. No entanto, existe a perspectiva que a companhia também aposte em novos projetos.
Dentro dessa expectativa, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) agendou para 31 de outubro um leilão de transmissão cujo lote 3 prevê melhorias no fornecimento de energia em localidades gaúchas e paranaenses. Esse lote, assim como obras de subestações, abrange a implantação de 115 quilômetros em linhas de transmissão nos dois estados (a maior parte no Rio Grande do Sul). Esse conjunto de obras absorverá um investimento de cerca de R$ 1,1 bilhão.
Fagali adianta que a CPFL tem consistentemente participado de leilões e é uma estratégia do grupo crescer no segmento de transmissão. Conforme o executivo, a empresa está avaliando a concorrência pelo lote 3. “Faz todo o sentido a companhia analisar e, se for viável do ponto de vista econômico, a gente vai participar”, conclui.