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Publicada em 22 de Abril de 2025 às 09:34

Especialista defende mais transparência em conteúdos produzidos por IA

Diretor-presidente da Assespro lançou livro sobre o assunto

Diretor-presidente da Assespro lançou livro sobre o assunto

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Mauro Belo Schneider
Mauro Belo Schneider Editor-executivo
Alexandre Mello, diretor-presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação Regional RS (Assespro), acaba de lançar o livro A Inteligência Artificial e o Mínimo Informacional, pela editora Livraria do Advogado. A obra é fruto de sua tese de doutorado, na qual estudou a evolução da IA desde seus primórdios. No texto, ele defende mais transparência em conteúdos gerados pela ferramenta.
Alexandre Mello, diretor-presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação Regional RS (Assespro), acaba de lançar o livro A Inteligência Artificial e o Mínimo Informacional, pela editora Livraria do Advogado. A obra é fruto de sua tese de doutorado, na qual estudou a evolução da IA desde seus primórdios. No texto, ele defende mais transparência em conteúdos gerados pela ferramenta.
Mello sugere que se identifique um “mínimo informacional”, ou seja, o mínimo de direitos informacionais que devem ser objeto de proteção do cidadão. A intenção é equilibrar a ausência de igualdade, na medida em que o sistema conhece mais o usuário do que ele próprio.
O presidente da Assespro recomenda que um mínimo de direitos e interesses devam ser protegidos para que se regule a Inteligência Artificial, ao mesmo tempo em que se preserve a autodeterminação de cada um e o desenvolvimento da tecnologia. Ele critica a falta de transparência nas respostas oferecidas pelos mecanismos utilizados.
As pessoas mais idosas ou que têm alguma dificuldade de interação com a tecnologia precisam saber que os chatbots não são humanos. Essa informação prévia tem que ser passada com clareza. Esse é um direito que o usuário de Inteligência Artificial deve ter reconhecido. Isso dá autonomia para decidir se vai seguir o aconselhamento ou procurar uma sugestão humana”, destaca, ressaltando que até investimentos financeiros hoje são transmitidos por IA.
Segundo Mello, a humanidade passou por diversas fases da tecnologia, desde a da ideia de sistemas autônomos, do deep learning e, agora, da existência de uma abundância de dados disponíveis e da capacidade de processamento como nunca se teve antes na história.
“A Inteligência Artificial pensada sob uma ótica de um sistema que é composto por algoritmo, acesso a dados e infraestrutura computacional acabou desaguando nesse momento que a gente vive, absolutamente disruptivo, onde essa capacidade de gerar ou apontar as melhores decisões, analisando uma quantidade muito grande de dados, com rapidez e eficiência, é um diferencial que talvez seja equiparável à energia elétrica ou energia nuclear”, frisa, durante visita ao Jornal do Comércio, quando foi recebido pelo diretor-presidente, Giovanni Jarros Tumelero.
O uso da IA, para ele, está tomando conta de diversos aspectos da vida humana. Um problema, no entanto, surge neste contexto e deve ser revisitado a todo momento: em que posição o ser humano é tratado por esse sistema?

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