Porto Alegre, dom, 11/05/25

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 18 de Abril de 2025 às 13:08

Produção e consumo mundial de vinhos batem mínimas em décadas

Redução foi registrada no ano passado

Redução foi registrada no ano passado

SEBASTIEN BOZON/AFP/JC
Compartilhe:
Agências
A produção e o consumo global de vinhos atingiram os menores patamares em décadas em 2024, influenciados por mudanças climáticas, inflação e transformações nos hábitos dos consumidores. Segundo relatório da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV, na sigla em inglês), a produção mundial caiu 5% em relação a 2023, totalizando 226 milhões de hectolitros - o menor volume em 60 anos.
A produção e o consumo global de vinhos atingiram os menores patamares em décadas em 2024, influenciados por mudanças climáticas, inflação e transformações nos hábitos dos consumidores. Segundo relatório da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV, na sigla em inglês), a produção mundial caiu 5% em relação a 2023, totalizando 226 milhões de hectolitros - o menor volume em 60 anos.
"Eventos climáticos extremos e imprevisíveis em ambos os hemisférios" foram apontados como a principal causa, destacou a OIV. O consumo também registrou queda de 3,3%, chegando a 214 milhões de hectolitros, o menor nível desde 1961, influenciado por "fatores econômicos e geopolíticos, incertezas e mudanças nos padrões de comportamento", especialmente em mercados consolidados. Apesar disso, a organização ressaltou que "o vinho nunca foi tão consumido em tantos países", 195 no total, com potencial de crescimento em nações populosas.
O equilíbrio entre oferta e demanda foi mantido, mas os estoques regionais seguem desiguais, segundo a OIV. O comércio internacional manteve volumes estáveis, em 99,8 milhões de hectolitros, embora o valor das exportações tenha caído 0,3%, para 36 bilhões de euros, com preços ainda 30% acima dos níveis pré-pandemia, aponta a instituição.
O diretor-geral da OIV, John Barker, enfatiza a necessidade de adaptação: "Trabalhar juntos para desenvolver soluções climáticas, investir em pesquisa e reforçar o multilateralismo são elementos essenciais para o futuro do setor".

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários