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Publicada em 10 de Abril de 2025 às 17:28

Gerdau prevê uso de apenas energia elétrica renovável em dez anos

Vice-presidente da Gerdau Aços Brasil, Mauricio Metz, diz que ação será mais rápida em unidades no País

Vice-presidente da Gerdau Aços Brasil, Mauricio Metz, diz que ação será mais rápida em unidades no País

TÂNIA MEINERZ/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Cerca de 75% da energia elétrica consumida nas 29 unidades industriais da Gerdau espalhadas por sete países já é proveniente de fontes renováveis. A meta, adianta o vice-presidente da Gerdau Aços Brasil, Mauricio Metz, é atingir os 100%, o que o executivo estima ser possível alcançar dentro dos próximos dez anos.
Cerca de 75% da energia elétrica consumida nas 29 unidades industriais da Gerdau espalhadas por sete países já é proveniente de fontes renováveis. A meta, adianta o vice-presidente da Gerdau Aços Brasil, Mauricio Metz, é atingir os 100%, o que o executivo estima ser possível alcançar dentro dos próximos dez anos.
De acordo com ele, o objetivo será conquistado muito antes nas fábricas brasileiras, já que no País mais de 90% da eletricidade usada pela companhia é oriunda de fontes limpas. No território nacional, a Gerdau conta com 13 plantas industriais, sendo duas no Rio Grande do Sul (Charqueadas e Sapucaia do Sul). Além do Estado, a empresa possui unidades no Ceará, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
Nas duas estruturas gaúchas, Metz informa que, nos últimos cinco anos, foi investido cerca de R$ 1 bilhão em projetos de linhas produtivas e aprimoramento tecnológico. “São duas plantas muito importantes para a nossa estratégia e queremos mantê-las atualizadas”, reforça o vice-presidente da Gerdau Aços Brasil.
Outro ponto destacado por Metz quanto a ações no campo da sustentabilidade envolvendo a companhia é o fato de que mais de 70% do aço produzido pela Gerdau mundialmente é feito a partir do aproveitamento da sucata como matéria-prima (o restante vem do minério de ferro). Na América Latina, a empresa é a maior recicladora da região operando com um patamar de 11 milhões de toneladas de sucata anuais.
O vice-presidente da Gerdau Aços Brasil ressalta que a tendência natural de maior disponibilidade de sucata no futuro possibilitará que se aumente o uso dessa matéria-prima para a produção de aço. “Mas, é algo equilibrado pela própria economia, não é algo que conseguimos forçar. O que a gente tem trabalhado é fazer essa rota muito competitiva e aí ela pode ser prioritária no modelo de negócio”, assinala.

Taxações geram clima de insegurança quanto ao comércio internacional

O vice-presidente da Gerdau Aços Brasil, Mauricio Metz, participou nesta quinta-feira (10) da reunião-almoço da Associação do Aço do Rio Grande do Sul (AARS), realizada no POA Innovation Center, na capital gaúcha. Na ocasião, ele preferiu não entrar muito no assunto da elevação das tarifas sobre importações de aço e de alumínio dos Estados Unidos para 25%, contudo admitiu que se trata de um momento de muita incerteza no cenário internacional.
“A gente sabe como esses fenômenos geopolíticos podem afetar mercados, clientes e crescimento da economia”, salienta o executivo. O presidente da AARS, Eduardo Zanotti, complementa que há uma tentativa de negociação entre os governos brasileiro e norte-americano para discutir a possibilidade da criação de um modelo de cotas, porém ainda não se chegou a uma definição sobre o assunto. O dirigente adverte que há uma instabilidade global muito grande, com a batalha comercial entre Estados Unidos e China, afetando os preços de commodities e câmbio.

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