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Publicada em 03 de Abril de 2025 às 18:34

Abertura do Fórum da Liberdade destaca importância da tomada de decisões

A presidente do IEE,  Paola Coser Magnani, destacou a necessidade de ter coragem para tomar decisões dentro do empreendedorismo

A presidente do IEE, Paola Coser Magnani, destacou a necessidade de ter coragem para tomar decisões dentro do empreendedorismo

TÂNIA MEINERZ/JC
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Ana Carolina Stobbe
Ana Carolina Stobbe Repórter
Consolidado como um dos maiores eventos de debates políticos, econômicos, geopolíticos e empreendedorismo da América Latina, o 38º Fórum da Liberdade iniciou nesta quinta-feira (03), reunindo mais de 6.600 inscritos. No discurso de abertura, a presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), Paola Coser Magnani, destacou a importância da tomada de decisões.
Consolidado como um dos maiores eventos de debates políticos, econômicos, geopolíticos e empreendedorismo da América Latina, o 38º Fórum da Liberdade iniciou nesta quinta-feira (03), reunindo mais de 6.600 inscritos. No discurso de abertura, a presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), Paola Coser Magnani, destacou a importância da tomada de decisões.
“Para que casa um possa semear, o terreno deve ser fértil e livre. Não há plantio sem colheita, nem um ambiente sem liberdade. Saber fazer escolhas necessariamente passa por uma virtude esquecida nos dias de hoje. Falanos muito em ser ético, moral, coerente e bondoso, mas esquecemos que, diante do medo, do temor e da intimidação, somente a coragem pode nos fazer agir. O oposto da coragem é a covardia. Será que estamos vivendo em uma sociedade na qual o medo começou a liderar e nos acovardamos diante de decisões de maior impacto?”, questionou Paola.

A presidente do IEE – responsável pela organização do evento – destacou, inclusive, a necessidade de ter coragem para tomar decisões dentro do empreendedorismo. “No âmbito dos negócios, a coragem sempre foi uma característica presente. A força e a resiliência do empreendedor brasileiro versus a máquina pesada e burocrática do Estado nos torna um pouco mais fortes”, acrescentou.

Para ela, essa capacidade de decisão deve ser levada a sério no principal momento de exercício da cidadania: o voto. Nesse sentido, criticou a isenção dos eleitores. “O resultado é que a não escolha também é uma escolha. Não existe neutralidade na indecisão. Ouvimos cada vez mais pessoas arrependidas, os famosos isentões”, acrescentou.

Ainda, Paola ressaltou valores considerados por ela como inegociáveis e preciosos em um país democrático. Entre eles, a liberdade de expressão e o Estado de direito.

Evento premiou personalidades que se destacaram na defesa da liberdade

Ao longo da abertura do evento, duas honrarias foram entregues a personalidades que se destacaram na defesa da liberdade. O primeiro deles, o já tradicional Prêmio Liberdade de Imprensa homenageou de maneira póstuma o empresário e comunicador Silvio Santos, fundador da rede de televisão SBT. A láurea foi recebida por sua filha, Renata Abravanel, em um discurso emocionado.
"Esse reconhecimento se deve não apenas à trajetória do meu pai como comunicador e empresário, mas, também aos valores que ele semmpre defendeu: a liberdade de expressão com responsabilidade, o compromisso com a verdade e o respeito inabalável ao público”, agradeceu Renata.
Celebrando a trajetória de Silvio, ela relembrou o início de sua carreira e definiu sua vida como de muita “luta, perseverança e conquista”. Entre os fatos marcantes lembrados por ela está a sua candidatura não sucedida à Presidência da República, em 1989 – nas primeiras eleições democráticas após o fim da Ditadura Militar.
Apesar da derrota, ela assume que ele entendeu ter outra missão no campo da comunicação. "Ele entendia que o papel do jornalismo não é apenas informar, mas, também, formar cidadãos críticos, conscientes e bem informados, para que, assim, tenham a liberdade e a coragem de escolher”, acrescentou.
Em seguida, foi a vez do Prêmio Libertas ser entregue ao empresário Leonardo Fração. A honraria é concedida “ao indivíduo que é símbolo da livre iniciativa, age conforme a economia de mercado, respeita o Estado de Direito e é exemplo para aqueles que valorizam a liberdade”. O laureado é um dos criadores do Instituto Cultural Floresta (ICF), ao lado do empresário Claudio Goldzstein.
A escolha por homenageá-lo foi explicada por Paola logo que seu nome foi anunciado como ganhador do prêmio: "Leonardo Fração é um líder que inspira. Ele é uma pessoa corajosa por ter apostado na fundação do Instituto Cultural Floresta. Liderou uma campanha pelo incremento da segurança no Rio Grande do Sul, mobilizou a sociedade nas enchentes de 2024 e agora o Instituto vai começar a investir em educação. Por tudo isso, por motivar quem está ao redor dele a fazer o seu melhor, a contribuir, a instigar a sociedade, pelos negócios em que ele já atua e as entregas que faz em paralelo, a gente chegou no nome dele para o Prêmio Libertas".
Em seu discurso, ele abordou o problema da falta de escolhas. Relembrando sua história pessoal, ele falou sobre sua internação em virtude de uma dependência química e da batalha travada contra a leucemia. “Minha dedicação ao Floresta é um jeito de agradecer tudo que eu não controlei, à sorte”, considerou.
Para o homenageado, para dar liberdade de escolha à sociedade é necessário investir em educação. Nesse sentido, desejou que os presentes buscassem ajudar ao próximo – em especial num acesso igualitário às oportunidades de crescimento.

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