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Publicada em 03 de Abril de 2025 às 10:34

PIB do Rio Grande do Sul cresce 4,9% em 2024

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG)

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG)

Bárbara Lima/Especial/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul registrou um crescimento de 4,9% em 2024 na comparação com 2023. O resultado positivo foi impulsionado pelo agronegócio, que avançou 35% em relação ao ano anterior. O desempenho da economia gaúcha superou o crescimento do PIB brasileiro, que ficou em 3,4% no mesmo período. Em termos nominais, o PIB do Rio Grande do Sul atingiu R$ 706,82 bilhões em 2024, representando 6,02% do PIB nacional. Já o PIB per capita chegou a R$ 62.941, um crescimento de 4,8% em relação a 2023. O valor também foi 13,9% superior ao PIB per capita do Brasil, que ficou em R$ 55.247. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, a economia do estado cresceu 1% no quarto trimestre, enquanto o Brasil registrou uma variação de 0,2%. No período, a Agropecuária teve queda de 4,9%, enquanto a Indústria avançou 0,7% e o setor de Serviços cresceu 1,1%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). O governador Eduardo Leite (PSDB) participou da apresentação e destacou a necessidade de políticas públicas voltadas para o campo, setor que tem impulsionado o crescimento do estado.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul registrou um crescimento de 4,9% em 2024 na comparação com 2023. O resultado positivo foi impulsionado pelo agronegócio, que avançou 35% em relação ao ano anterior. O desempenho da economia gaúcha superou o crescimento do PIB brasileiro, que ficou em 3,4% no mesmo período.

Em termos nominais, o PIB do Rio Grande do Sul atingiu R$ 706,82 bilhões em 2024, representando 6,02% do PIB nacional. Já o PIB per capita chegou a R$ 62.941, um crescimento de 4,8% em relação a 2023. O valor também foi 13,9% superior ao PIB per capita do Brasil, que ficou em R$ 55.247.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, a economia do estado cresceu 1% no quarto trimestre, enquanto o Brasil registrou uma variação de 0,2%. No período, a Agropecuária teve queda de 4,9%, enquanto a Indústria avançou 0,7% e o setor de Serviços cresceu 1,1%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). O governador Eduardo Leite (PSDB) participou da apresentação e destacou a necessidade de políticas públicas voltadas para o campo, setor que tem impulsionado o crescimento do estado.
“Apesar dos impactos do desastre climático de maio na economia, o PIB do Rio Grande do Sul cresceu acima da média nacional no ano. Esse resultado se deve principalmente à recuperação da safra agrícola, mas também ao aumento das vendas no comércio, impulsionado, em parte, por transferências de renda e pelo maior gasto privado na recomposição de bens, e à expansão da construção civil no segundo semestre do ano, estimulada por obras de reconstrução”, avaliou Martinho Lazzari, economista do DEE.

Para o governador Eduardo Leite (PSBD), é justamente a relevância do agronegócio gaúcho que justifica mais atenção por parte do governo federal às mudanças climáticas que afetam os produtores e às suas dívidas. "A União deve olhar mais para o Rio Grande do Sul, porque nossa relevância econômica é também a do Brasil", ressaltou o governador, pontuando que, além da securitização das dívidas, são necessários investimentos em irrigação. Na próxima semana, está prevista uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar da securitização. Ele também mencionou sinais de recuperação na indústria gaúcha. "É importante observar que o quarto trimestre, em relação ao terceiro, teve uma avaliação positiva", afirmou.

O diretor da DEE, Pedro Zuanazzi, salientou ainda que "vemos ainda que o efeito das chuvas não teve o mesmo impacto que as estiagens consecutivas, especialmente no agronegócio", ponderou.

Para 2025, embora o comportamento da economia gaúcha seja difícil de prever, os técnicos alertaram para dois fatores que podem impactar o PIB: a estiagem que afetou as lavouras de soja e a decisão anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 10% sobre produtos brasileiros. O país norte-americano é o segundo maior parceiro comercial do Rio Grande do Sul, o que pode influenciar as exportações do estado.

Acumulado de 2024 teve recuperação na produção da soja

Após a estiagem de 2023, a recuperação na produção da Soja (+43,8%) foi o principal destaque da Agropecuária no acumulado de 2024. O segmento também registrou crescimento nas lavouras de Milho (+13,9%) e Trigo (+41,2%), enquanto o Arroz (+0,3%) apresentou estabilidade na produção anual e a Uva (-24,2%) e o Fumo (-3,9%) tiveram queda na produção total.

Em um ano impactado ainda pelos eventos climáticos extremos no território gaúcho, a Indústria apresentou oscilação de -0,4%, influenciada pelo recuo de 2,5% da Indústria de Transformação, setor industrial mais representativo do semento no Estado. Os demais setores apresentaram resultados positivos, com alta na Indústria Extrativa (+3,0%), Construção (+3,5%) e da Atividade de Eletricidade e Gás, Água, Esgoto e Limpeza Urbana ((+11,5%).

Das 14 atividades da Indústria de Transformação, sete apresentaram alta, entre elas a de Produtos Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (+16,8%), Móveis (+11,0%) e Celulose, Papel e Produtos de Papel (+6,3%). Entre as principais baixas estão a de Máquinas e Equipamentos (-18,8%), Bebidas (-13,2%) e Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-3,2%).

Nos Serviços, as sete atividades consideradas no cálculo do PIB registraram desempenho positivo em 2024, com destaque para os números do Comércio (+7,1%), Outros Serviços (+4,6%), Serviços de Informação (+3,8%) e Transporte, Armazenagem e Correio (+3,6%). Das 10 atividades do Comércio, as principais altas vieram nos setores de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (+11,4%), Comércio de Veículos (+10,7%), Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos (+10,8%), Materiais de Construção (+9,5%) e Móveis e Eletrodomésticos (+13,4%).


PIB do Rio Grande do Sul em relação ao Brasil
4º Trimestre / trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal)
RS: 1,0%
BR: 0,2%

4º Trimestre de 2024 /4º Trimestre de 2023
RS: 4,4%
BR: 3,6%

Acumulado ao longo do ano de 2024 / mesmo período do ano anterior 
RS: 4,9%
BR: 3,4%

Últimos quatro trimestres de 2024 / quatro trimestres imediatamente de 2023
RS: 4,9 %
BR: 3,4%

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