Próximo de completar um ano da maior tragédia ambiental do Rio Grande do Sul, foi lançado, nesta sexta-feira (28), em cerimônia no Palácio Piratini, em Porto Alegre, o Projeto Reflora, que visa plantar seis mil mudas de 30 espécies nativas em regiões severamente atingidas pelos efeitos das enchentes no Estado.
Com um investimento de aproximadamente R$ 7,5 milhões, a iniciativa é fruto de uma parceria entre a CMPC, o governo gaúcho, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV). Em síntese, será feito o resgate genético de árvores em risco ou que sofreram danos severos devido às enchentes do ano passado. As primeiras cidades do Estado que passarão pelo processo são Guaíba, Barra do Ribeiro, Tapes, Rio Pardo, Butiá, Eldorado do Sul e Santa Maria.
O diretor-geral da CMPC, Antonio Lacerda, celebrou o surgimento da iniciativa, que começou a sair do papel há apenas seis meses. “Mesmo sendo pouco tempo, essa ‘criança’ não nasceu prematura, mas madura. É um ‘filho’ que trará muita alegria, porque queremos que seja a matriz de uma grande ideia que irá repovoar ainda muitas áreas”, afirmou. O Projeto Reflora tem duração prevista de três anos, com início programado para junho de 2025.
O diretor-geral da CMPC, Antonio Lacerda, celebrou o surgimento da iniciativa, que começou a sair do papel há apenas seis meses. “Mesmo sendo pouco tempo, essa ‘criança’ não nasceu prematura, mas madura. É um ‘filho’ que trará muita alegria, porque queremos que seja a matriz de uma grande ideia que irá repovoar ainda muitas áreas”, afirmou. O Projeto Reflora tem duração prevista de três anos, com início programado para junho de 2025.
O governador do Estado, Eduardo Leite, relembrou a tragédia climática do ano passado e enfatizou as ações do Piratini para reconstruir o Rio Grande do Sul em diferentes eixos, entre eles, o do meio ambiente. “É importante frisar o nosso olhar para a recuperação das áreas que foram mais atingidas e que isso vai ser buscado através das melhores tecnologias existentes", ressaltou.
A secretária do Estado do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, ressaltou que "um projeto que busca acelerar tanto a reprodução quanto a regeneração das áreas, além de fazer a transferência de tecnologia e inovação, tem tudo a ver com o projeto de governo". Além da produção e do plantio de mudas, o Reflora tem, entre os seus objetivos, a transferência de tecnologia da Universidade Federal de Viçosa para instituições de ensino públicas e privadas do Estado.
A secretária do Estado do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, ressaltou que "um projeto que busca acelerar tanto a reprodução quanto a regeneração das áreas, além de fazer a transferência de tecnologia e inovação, tem tudo a ver com o projeto de governo". Além da produção e do plantio de mudas, o Reflora tem, entre os seus objetivos, a transferência de tecnologia da Universidade Federal de Viçosa para instituições de ensino públicas e privadas do Estado.
"Teremos a chance de deixar no Rio Grande do Sul uma marca de genética e de tecnologia que acelera a floração de mudas nativas para recuperar o ecossistema de todas as regiões que foram afetadas. É um projeto audacioso, e vamos buscar cada vez mais parceiros”, acrescentou o titular da pasta da Agricultura, Clair Kuhn.
Projeto buscou inspiração em Brumadinho
O processo que será aplicado no Rio Grande do Sul é o mesmo que foi desenvolvido para o reflorestamento de Brumadinho (MG) após o rompimento de uma barragem, ocorrido em 2019. A ação inicia com a identificação de árvores com danos na base do tronco e a coleta de DNA em campo com o resgate de propágulos, ou seja, partes de organismos que possam originar o processo de reflorestamento.
Na etapa seguinte, o material é armazenado, plantado em um pomar indoor e submetido ao processo de enxertia, que nada mais é do que a conexão de duas plantas diferentes para que cresçam de forma única. Na sequência, é realizado o plantio em campo e o posterior florescimento.
As mudas levarão entre cinco e oito anos para florescer após o plantio. O tempo normal é de 20 a 30 anos, mas a tecnologia da Universidade Federal de Viçosa (UFV) aplicada no projeto irá acelerar o processo.