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Publicada em 27 de Março de 2025 às 11:10

Fumicultores querem ter a oportunidade de continuar cultivando o tabaco com a qualidade desejada, afirma presidente da Afubra

Marcílio Laurindo Drescher, presidente da Afubra, diz que a produção de tabaco é realizada em mais de 500 municípios dos três estados da região Sull

Marcílio Laurindo Drescher, presidente da Afubra, diz que a produção de tabaco é realizada em mais de 500 municípios dos três estados da região Sull

DANI BARCELLOS/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
Com 136 mil associados nos três estados da Região Sul, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) quer que os fumicultores do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná tenham a oportunidade de continuar produzindo com a qualidade desejada para a demanda, na qual 90% é destinada para exportação para mais de 100 países - China e Bélgica são os maiores compradores. O desejo foi manifestado pelo presidente da Afubra, Marcílio Laurindo Drescher, durante a realização da 23ª Expoagro Afubra, que termina nesta sexta-feira (28) no Rincão Del Rey, em Rio Pardo. A vontade de Drescher é como uma "espécie de mantra" nas conversas que o dirigente mantém com os produtores dentro da feira. "Auxiliamos o produtor  para que ele tenha a oportunidade de continuar produzindo com qualidade para atender à clientela dos países importadores", comenta.
Com 136 mil associados nos três estados da Região Sul, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) quer que os fumicultores do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná tenham a oportunidade de continuar produzindo com a qualidade desejada para a demanda, na qual 90% é destinada para exportação para mais de 100 países - China e Bélgica são os maiores compradores. O desejo foi manifestado pelo presidente da Afubra, Marcílio Laurindo Drescher, durante a realização da 23ª Expoagro Afubra, que termina nesta sexta-feira (28) no Rincão Del Rey, em Rio Pardo. A vontade de Drescher é como uma "espécie de mantra" nas conversas que o dirigente mantém com os produtores dentro da feira. "Auxiliamos o produtor  para que ele tenha a oportunidade de continuar produzindo com qualidade para atender à clientela dos países importadores", comenta.
Para o presidente da Afubra, o tabaco não tem a valorização merecida do Brasil, principalmente do governo federal. "Parece que somos inimigos por falta de uma interpretação correta. No Brasil, as pessoas misturam tabagismo com a produção de tabaco", comenta. O dirigente destaca que 90% da produção dos três estados do Sul é destinada para mais de 100 países. "Reivindicamos que haja respeito para que essa essa produção possa continuar livremente. Se o Brasil não atender essa demanda, outros países vão buscar essa fatia do mercado do tabaco", destaca.
Um levantamento da Associação aponta que mais de 136 mil famílias de pequenos agricultores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná produzem tabaco nas suas propriedades. Porém, Drescher explica  que, além do tabaco, eles plantam em suas propriedades milho, feijão, soja e hortaliças em áreas de dois a três hectares. Também há a produção de leite bem acentuada em propriedades de até 10 hectares. "O nosso trabalho na Afubra é incentivar também a diversificação nas lavouras de tabaco nas pequenas propriedades da região Sul", comenta. No Rio Grande do Sul, 70 mil famílias atuam na produção do tabaco. "Os chineses buscam nos estados do Sul o tabaco de qualidade para fazer a mistura. Já a Bélgica que realiza a distribuição do produto em toda a Europa", acrescenta.
Ao governo federal, o presidente da Afubra pede respeito à liberdade do produtor de continuar cultivando tabaco enquanto existir mercado. "Se pararmos, alguém em outra parte do mundo vai pegar essa fatia do mercado de tabaco", destaca. Das 136 ml famílias produtoras da região Sul, 95 mil são associadas à entidade. A produção de tabaco é realizada em mais de 500 municípios dos três estados da região Sul plantam tabaco realizada.
No território gaúcho, o tabaco é plantado no Vale do Rio Pardo (Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Candelária e Agudo), em Arroio do Tigre até Arvorezinha e um pouco na região Noroeste do Estado. Também existe uma produção na região Sul nos municípios de Camaquã, São Lourenço, Canguçu e Pelotas. Conforme Drescher, Canguçu é o maior produtor de tabaco de todos os municípios da região Sul do País. "Na cidade, existem 12 mil pequenas propriedades. É o maior minifúndio da América do Sul", acrescenta o dirigente.
O presidente da Afubra destaca que as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio do ano passado resultaram em prejuízos para quase 2 mil produtores de tabaco em 75 municípios. As perdas chegaram a mais de R$ 95 milhões.
Drescher diz que os produtores e as indústrias estão fazendo o possível para minimizar os danos. "No entanto, dependemos de políticas públicas, especialmente da liberação de linhas de crédito", comenta. O dirigente reforça que os 95 mil associados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul são agricultores que cultivam tabaco e outras culturas em regime familiar. "Incentivamos de maneira muito forte a diversificação de culturas e ações ambientais com os produtores de tabaco", acrescenta.       

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