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Publicada em 21 de Março de 2025 às 18:06

Grupo Piracanjuba investirá R$ 65 milhões na unidade de Carazinho

Planta gaúcha é voltada para a produção de leite e derivados

Planta gaúcha é voltada para a produção de leite e derivados

Divulgação Grupo Piracanjuba/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
A planta carazinhense do Grupo Piracanjuba, que tem como foco a produção de leite e derivados, receberá um investimento de R$ 65 milhões para aprimorar a operação. Desse montante, mais de R$ 36 milhões serão destinados para a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), com produção de biogás, e quase R$ 29 milhões serão para a construção de uma nova caldeira movida à biomassa (eucalipto) e biogás.
A planta carazinhense do Grupo Piracanjuba, que tem como foco a produção de leite e derivados, receberá um investimento de R$ 65 milhões para aprimorar a operação. Desse montante, mais de R$ 36 milhões serão destinados para a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), com produção de biogás, e quase R$ 29 milhões serão para a construção de uma nova caldeira movida à biomassa (eucalipto) e biogás.
O diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Grupo Piracanjuba, Jefferson Dias de Araújo, adianta que a planta gaúcha terá capacidade para produzir aproximadamente 7 mil metro cúbico normal (Nm³) de biogás por dia. “Estamos em fase de finalização dos projetos, assim que isso acontecer entraremos na etapa de licenciamento para a construção”, detalha o dirigente. Ele calcula que as obras iniciarão ainda este ano, com previsão de começar as operações em torno de 10 a 12 meses.
Araújo explica que o biogás é um combustível gerado a partir da ação de microrganismos. Esses microrganismos se alimentam de matéria orgânica e um dos subprodutos dessa alimentação é o metano. O metano sai do sistema de tratamento de efluentes com um teor próximo de 70% e capaz de ser queimado para gerar energia. No caso da empresa, ele será queimado substituindo parte da biomassa de eucalipto na geração de vapor na caldeira.
Sobre a matéria-prima utilizada, o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Grupo Piracanjuba destaca que uma indústria de laticínios passa por limpezas frequentes. Nesse processo, a água lava as paredes internas dos equipamentos que estão com residual de leite e os produtos que são fabricados na unidade como o leite UHT, leite condensado, creme de leite e achocolatado. Esse resíduo, que é matéria orgânica, alimenta os microrganismos em um reator biológico, chamado de biodigestor, na Estação de Tratamento de Efluentes. O produto final é uma água limpa, tratada, e o biogás rico em metano.
A ação do Grupo Piracanjuba contará com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que recentemente aprovou financiamento no valor de R$ 150 milhões com recursos do Fundo Clima. O valor será destinado para a implantação de quatro Estações de Tratamento de Efluentes Industriais com produção de biogás. Além da unidade de Carazinho, serão contemplados os complexos de Araraquara (SP), Três Rios (RJ) e São Jorge D´Oeste (PR). Os recursos também serão aproveitados para substituir caldeiras que atualmente consomem combustível fóssil nas unidades paulista e fluminense.
A captação do biogás nessas quatro plantas, de acordo com o Grupo Piracanjuba, poderá evitar a emissão de 152,7 mil toneladas de CO₂ equivalente (CO₂e) por ano, logo que as plantas atingirem seus máximos de produção. Além disso, são esperadas nessas ETEs a elevação na eficiência, a melhora nos controles operacionais e a redução de custos.
As estruturas de biogás, assim que atinjam seus máximos de produção, terão o potencial de gerar cerca de 11,7 milhões Nm³ de biogás por ano. Para ter uma ideia de grandeza, esse volume seria suficiente para abastecer um carro de passeio para rodar 600 mil quilômetros por ano.

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