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Publicada em 20 de Março de 2025 às 18:43

48ª Fimec reúne mais de 20 mil visitantes na Fenac, em Novo Hamburgo

Último dia da tradicional feira calçadista registrou intenso movimento

Último dia da tradicional feira calçadista registrou intenso movimento

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
De Novo Hamburgo
De Novo Hamburgo
Unindo a expertise na área calçadista, inovação e sustentabilidade, a 48ª Fimec (Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes) encerra nesta quinta-feira (20). Em três dias de evento, a feira reuniu cerca de 400 expositores e representantes de diferentes empresas nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos.

O evento superou a expectativa de 20 mil visitantes, contabilizando 22 mil pessoas, segundo a organização da feira. “Essa foi uma grande Fimec. Essa quarta-feira foi o melhor dia que já tivemos. O que precisamos é de estandes cheios”, destaca Márcio Jung, diretor-presidente da Fenac, organização promotora da Fimec. Ainda de acordo com ele, a presença da indústria local é massiva.
“O empresário gaúcho compreende que não é necessário viajar o mundo para chegar em algum lugar porque o mundo vem até ele. Estamos próximos do aeroporto, da autonomia de Porto Alegre e dos empresários de Nova Petrópolis”, complementa.
Com o tema "Onde Sustentabilidade, Negócios e Relacionamento se Encontram” empresas de 25 países colocaram seus produtos nos corredores da exposição. Entre os destaques, a participação de empresas chinesas. “O que está acontecendo na Fimec, em relação à China, não é específico, já acontece com outros setores da indústria”, avalia o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abrameq), André da Rocha.

O evento reuniu a cadeia produtiva do setor coureiro-calçadista, a partir da exibição de inovações, tecnologias e tendências em couros, produtos químicos, componentes, máquinas e equipamentos. Em sua fala, na coletiva de encerramento, o presidente executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), José Fernando Bello, destacou a participação “intensa” do setor de couro, considerando que apenas 20% do produto fica no mercado interno. “Estamos buscando reforço do governo federal para ampliar a utilização do couro”, reforça.
A edição deste ano também contou com linhas de crédito direcionadas. “Alguns bancos fizeram linhas específicas para a Fimec. Agora, temos que potencializar o pré-feira para a próxima edição”, explicou Rocha. Outro ponto em destaque é a Fábrica Conceito, que demonstra a produção de calçados e bolsas em tempo real. Localizada no térreo, ela conta com diferentes tipos de demonstrações, incluindo a produção de chuteiras realizada por estudantes do Senai.

O projeto tem a participação de 60 colaboradores, a maioria profissionais contratados do mercado de trabalho. Durante os três dias de operação, foram desenvolvidos 2.750 pares de calçados das marcas Piccadilly (900), Novopé (450), Marluvas (600) e CFP Senai (800), além de 120 bolsas das marcas Arezzo e Schutz. O projeto também apresenta diversas inovações, demonstrando ao público visitante o potencial tecnológico e sustentável da indústria de insumos, máquinas e equipamentos.

A 49º edição está prevista para ocorrer entre os dias 3 e 5 de março de 2026.

Empresas ampliam uso da tecnologia chinesa

A China esteve presente tanto direta quanto indiretamente, por meio de iniciativas desenvolvidas em empresas gaúchas, como é o caso da transferência de tecnologia feita pela FCC, de Campo Bom. Na 48º Fimec, a empresa lançou a produção local do ETPU (poliuretano termoplástico expandido).

Conforme a explicação do CEO Marcelo Reichert, trata-se de um material com “bolinhas de gás” que torna o calçado leve e macio, e “com uma excelente memória, que devolve o formato”. Para o desenvolvimento da tecnologia, um acordo foi firmado com uma empresa da China. “Iremos utilizar a nossa pesquisa de desenvolvimento para customizar essa tecnologia para nossos clientes”, complementa.

A FCC é uma das empresas com demonstração das atividades na Fábrica Conceito, durante a Fimec. “Está sendo uma feira fantástica. Tivemos um lançamento muito bacana, inédito no Brasil (ETPU) e o interesse das pessoas está gigantesco”.
Para viabilizar a produção em larga escala, a FCC investe na construção de um novo prédio em sua sede, na área industrial de Campo Bom. Serão investidos mais de R$ 50 milhões.

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