Depois de confirmar que desistiu de instalar dois projetos de carvão no Rio Grande do Sul, uma térmica em Nova Seival e a Mina Guaíba, a Copelmi pode estar mais próxima de inaugurar a primeira etapa de sua planta para produção fertilizantes organomineirais, que combinam fertilizantes minerais com fontes orgânicas, à base de carvão. Segundo Cristiano Weber, diretor de sustentabilidade da empresa, testes já estão sendo realizados e a ideia é expandir a produção em dois anos. O investimento é previsto em R$ 40 milhões.
"Esse projeto, que aproveita o carvão no seu estado mais jovem para a produção de fertilizantes, já tem licença-prévia e estamos com uma planta piloto em Candiota, que está conseguindo produzir cerca de 1 tonelada por mês", explicou. Conforme Weber, a matéria-prima é misturada com fertilizantes tradicionais e apresenta desempenho 50% superior. Quando a operação estiver a pleno, a expectativa é que tenha faturamento de R$ 250 milhões e que gere em torno de 75 empregos.
"É um mercado novo, que utiliza o carvão, mas que não tem a emissão dos gases de efeito estufa, porque não tem a queima", disse. A ideia é usar metade da mistura com o carvão jovem e a outra metade com fertilizantes convencionais. A busca agora é por fornecedores maiores e mais investimentos.
"Esse projeto, que aproveita o carvão no seu estado mais jovem para a produção de fertilizantes, já tem licença-prévia e estamos com uma planta piloto em Candiota, que está conseguindo produzir cerca de 1 tonelada por mês", explicou. Conforme Weber, a matéria-prima é misturada com fertilizantes tradicionais e apresenta desempenho 50% superior. Quando a operação estiver a pleno, a expectativa é que tenha faturamento de R$ 250 milhões e que gere em torno de 75 empregos.
"É um mercado novo, que utiliza o carvão, mas que não tem a emissão dos gases de efeito estufa, porque não tem a queima", disse. A ideia é usar metade da mistura com o carvão jovem e a outra metade com fertilizantes convencionais. A busca agora é por fornecedores maiores e mais investimentos.
Projetos de mineração perderam viabilidade econômica, afirma Copelmi
Inicialmente, o projeto de Nova Seival, concebido em 2020, previa investimentos de US$ 1 bilhão, e a Mina Guaíba, que teve início do licenciamento em 2014, previa investimento de R$ 250 milhões. A ideia era formar um polo carboquímico na Região Metropolitana que poderia passar de R$ 10 bilhões em investimentos.
"O principal motivo para a desistência foi a viabilidade econômica. Novas políticas de transição energética foram definidas, o que dificultou o acesso ao crédito através do BNDES", afirmou o diretor de sustentabilidade da Copelmi, Cristiano Weber.
"O principal motivo para a desistência foi a viabilidade econômica. Novas políticas de transição energética foram definidas, o que dificultou o acesso ao crédito através do BNDES", afirmou o diretor de sustentabilidade da Copelmi, Cristiano Weber.
Em nota, o Comitê de Combate à Megamineração no RS comemorou a desistência e afirmou que os "empreendimentos a serem instalados trariam graves e severos prejuízos à natureza e aos modos de vida das comunidades que seriam atingidas por esses empreendimentos. As comunidades indígenas Mbya-Guarani e camponesas dos assentamentos da reforma agrária, cabalmente ignoradas pela empresa durante os licenciamentos ambientais, foram centrais no processo de resistência a esses dois grandes empreendimentos poluidores. Ou seja, em verdade trata-se de uma importante vitória que é o resultado de um amplo processo de mobilização e articulação popular."
Ainda de acordo com o comitê, os empreendimentos "foram barrados por duas importantes sentenças judiciais, frutos da aliança entre a produção de pareceres técnicos qualificados e a litigância climática estratégica, que mostrou-se, nesses casos, uma importante ferramenta na luta da sociedade civil para buscar impedir e repelir os ataques e violações a direitos humanos, econômicos, sociais, culturais e ambientais que os empreendimentos acarretariam."