De Delft, na Holanda
Uma tecnologia vista na Holanda pela comitiva gaúcha em missão no país pode ser adotada em Porto Alegre, mas de maneira limitada. São as barreiras flutuantes, não fixas, que se elevam juntamente com a água, quando ela começa a subir. Porém, há algumas limitações para o seu uso.
"Ela é prática, até certa altura (de onde chegar a água)", comenta o professor e consultor da Rhama Analysis, Carlos Tucci. Ele considera que, particularmente no caso de Porto Alegre, na Zona Sul da cidade esse tipo de barreira pode ser uma solução porque quando ocorrem ondas naquela parte do Guaíba, normalmente, não são muito altas. Porém, nas proximidades do Cais Mauá, no Centro, Tucci diz que o cenário é diferente, demandando barreiras que protejam níveis de água mais elevados.
Além disso, o professor alerta para a questão da preocupação quanto a retirar alguma estrutura fixa já instalada para mitigar cheias (na região se encontra o muro da Mauá). "Não é algo trivial, porque amanhã a pessoa pode processar a prefeitura porque tinha uma proteção que foi diminuída", frisa Tucci.
Já o governador Eduardo Leite ressalta a importância de ouvir opiniões nacionais e internacionais sobre o assunto das cheias. "Criamos um comitê científico, logo depois da enchente, que tem mais de 40 especialistas trabalhando", salienta o governador. No caso dos holandeses, Leite destaca que eles desenvolveram diversas iniciativas para conviverem com as enchentes. No entanto, ele assinala que essas medidas foram adotadas durante vários anos da história daquela nação.