* de Ouwerkerk, Holanda
Um local dentro do museu do Paço Municipal, onde era a sede da prefeitura de Porto Alegre, será destinado para recordar as enchentes de 1941 e 2024. O anúncio oficial será feito em maio pelo prefeito da Capital, Sebastião Melo, para então começar a implantação do espaço.
Um local dentro do museu do Paço Municipal, onde era a sede da prefeitura de Porto Alegre, será destinado para recordar as enchentes de 1941 e 2024. O anúncio oficial será feito em maio pelo prefeito da Capital, Sebastião Melo, para então começar a implantação do espaço.
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Na ocasião, também está previsto um evento para lembrar da catástrofe climática que assolou a cidade e outros municípios do Rio Grande do Sul, no ano passado. Melo falou sobre a ideia durante visita ao Flood Museum, na Holanda. O complexo, situado na cidade de Ouwerkerk, é focado em recordar uma grande enchente que assolou aquela região em 1953. "É importante manter a memória, reconstruir e olhar o futuro", enfatiza o prefeito.
Na ocasião, também está previsto um evento para lembrar da catástrofe climática que assolou a cidade e outros municípios do Rio Grande do Sul, no ano passado. Melo falou sobre a ideia durante visita ao Flood Museum, na Holanda. O complexo, situado na cidade de Ouwerkerk, é focado em recordar uma grande enchente que assolou aquela região em 1953. "É importante manter a memória, reconstruir e olhar o futuro", enfatiza o prefeito.

Flood Museum, localizado em Ouwerkerk, na Holanda, recorda a enchente de 1953
Jefferson Klein/Especial/JC
Uma das fundadoras do museu holandês Ria Geluk foi uma das atingidas pela enchente. Ela tinha seis anos quando ocorreu a cheia e se protegeu subindo em um telhado. Aproximadamente 100 mil pessoas visitam o museu anualmente. A estrutura conta com fotos, objetos dos atingidos, depoimentos audiovisuais e também uma linha do tempo, de 838 a 2011, apontando as maiores enchentes ocorridas nos Países Baixos.
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Além disso, no final do percurso há um painel que mostra constantemente notícias sobre eventos climáticos globais divulgados pela mídia no dia anterior à visita de quem vai ao museu.
Com a experiência de quem já passou por uma catástrofe climática, Ria dá um conselho: "Temos que observar a natureza e aprender com ela". A enchente de 1953 causou 1836 mortes, inclusive de um bebê que nasceu no dia da tragédia e não chegou a ser registrado ou ter o corpo encontrado.
Após a visita ao museu, o governador Eduardo Leite também ressaltou que o tema das mudanças climáticas precisa de constante atenção. "É importante projetarmos o futuro, com cuidado de olhar o passado", afirma Leite.
Com a experiência de quem já passou por uma catástrofe climática, Ria dá um conselho: "Temos que observar a natureza e aprender com ela". A enchente de 1953 causou 1836 mortes, inclusive de um bebê que nasceu no dia da tragédia e não chegou a ser registrado ou ter o corpo encontrado.
Após a visita ao museu, o governador Eduardo Leite também ressaltou que o tema das mudanças climáticas precisa de constante atenção. "É importante projetarmos o futuro, com cuidado de olhar o passado", afirma Leite.
Marés e ventos são usados para compor medidas contra cheias
Elementos que podem ser um problema quanto à elevação do nível da água, também podem ser aproveitados como parte da solução. O chamado Zandmotor (ou motor de areia) é uma península na costa de Delfland que conta com esses recursos para se tornar uma defesa contra o mar.
Apesar de ter no nome a palavra "motor", a iniciativa não se trata de uma grande máquina que realiza todo o trabalho, mas sim o depósito de areia, em posições estratégicas, para que as ondas, correntes marítimas e os ventos desenhem uma proteção contra as cheias (no caso vindas do mar). O projeto levou dois anos para ser implementado, o que ocorreu em 2011.
"Vamos construir com a natureza, não contra ela", sustenta a professora Associada de Projeto Urbano e Teoria Crítica da Faculdade de Arquitetura e Ambiente Construído da Delft University of Tecnology, Taneha Bacchin. Ela admite que essa e outras ações de contenção de enchentes acabam tendo reflexos ambientais e gerando novos habitats. No entanto, Taneha ressalta que é levado em conta no momento de fazer essas intervenções a questão dos perigos gerados pelas enchentes. "Tem sempre a questão da prioridade dos riscos", finaliza a professora.
Apesar de ter no nome a palavra "motor", a iniciativa não se trata de uma grande máquina que realiza todo o trabalho, mas sim o depósito de areia, em posições estratégicas, para que as ondas, correntes marítimas e os ventos desenhem uma proteção contra as cheias (no caso vindas do mar). O projeto levou dois anos para ser implementado, o que ocorreu em 2011.
"Vamos construir com a natureza, não contra ela", sustenta a professora Associada de Projeto Urbano e Teoria Crítica da Faculdade de Arquitetura e Ambiente Construído da Delft University of Tecnology, Taneha Bacchin. Ela admite que essa e outras ações de contenção de enchentes acabam tendo reflexos ambientais e gerando novos habitats. No entanto, Taneha ressalta que é levado em conta no momento de fazer essas intervenções a questão dos perigos gerados pelas enchentes. "Tem sempre a questão da prioridade dos riscos", finaliza a professora.