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Publicada em 21 de Fevereiro de 2025 às 13:57

Haddad pede ao Congresso aprovação do Orçamento para retomar Plano Safra

Na quinta-feira, governo anunciou suspensão temporária das linhas subsidiadas de crédito

Na quinta-feira, governo anunciou suspensão temporária das linhas subsidiadas de crédito

Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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Folhapress
O ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) cobrou a aprovação da LOA (Lei Orçamentária Anual) 2025 pelo Congresso Nacional para que o governo tenha recursos para reverter a suspensão do Plano Safra 2024/2025.
Na quinta-feira (20), o governo anunciou a suspensão temporária das linhas subsidiadas de crédito do plano com a justificativa que a alta da taxa básica de juros elevou o custo de equalização.
"Em geral a gente compensa o aumento da Selic para não comprometer a produção. O problema de hoje é que nós precisamos aprovar o orçamento", disse Haddad em entrevista ao canal ICL Notícias.
"Nós estamos já no final de fevereiro, daqui a pouco é carnaval, quer dizer. para onde vai isso?", questionou.
O ministro disse entender que os parlamentares tem contribuído com a aprovação de leis para equilibrar as contas públicas. "O Congresso fez uma parte importante do trabalho ano passado ao ajustar algumas despesas que estavam saindo do controle justamente para ter um orçamento equilibrado", falou.
Mais cedo, o Ministério da Fazenda disse em nota que Haddad vai enviar um ofício ao Tribunal de Contas da União para tentar reverter a suspensão.
A suspensão atinge todas as linhas de crédito, com exceção das ações de custeio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). "Só está afetado o enorme produtor, o produtor de alimentos não está afetado por isso, porque são pequenos valores que nós conseguimos encaminhar com uma certa naturalidade", disse Haddad.
Haddad disse que comunicou uma das lideranças da FPA (Frente Parlamentar do Agronegócio), sem especificar quem, sobre o encaminhamento do ofício ao TCU. Na noite de quinta, a FPA alertou que a suspensão do plano pode impactar no preço dos alimentos.
O Plano Safra 2024/2025 ofereceu juros de 8% para custeio e 7% a 12% para investimentos, subsidiados pelo governo. Entretanto, o plano foi elaborado quando a Selic estava em ciclo de queda.
Na ocasião do lançamento, em julho de 2024, a Selic estava em 10,5% ao ano. Desde então, a taxa segue em alta: na última reunião do Comitê de Política Monetária, em janeiro, subiu 1 ponto percentual para 13,25%
Segundo Haddad, a queda gradual do dólar a "patamares mais aderentes à economia brasileira" e a expectativa de bons resultados da safra já no fim de fevereiro devem fazer com que os preços dos alimentos se estabilizem.
Haddad também disse que a inflação de 0,16% registrada em janeiro, a menor da história para o mês, ajudará a conter os preços. "Entendemos que vamos colher bons frutos no combate à inflação, inclusive no que diz respeito a alimentos", disse.

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