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Publicada em 17 de Fevereiro de 2025 às 17:52

Governo do Estado busca revisão completa dos Planos de Contingência dos municípios

Seminário Infraestrutura Resiliente e Eventos Climáticos Extremos

Seminário Infraestrutura Resiliente e Eventos Climáticos Extremos

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
Autoridades do poder público, juntamente com representantes da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos delegados no Rio Grande do Sul (Agergs), debateram os serviços aplicados durante e após as enchentes que atingiram o Estado, na tarde desta segunda-feira (17). A conversa fez parte da segunda etapa do evento Infraestrutura Resiliente e Eventos Climáticos Extremos, realizado no Instituto Ling.
Autoridades do poder público, juntamente com representantes da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos delegados no Rio Grande do Sul (Agergs), debateram os serviços aplicados durante e após as enchentes que atingiram o Estado, na tarde desta segunda-feira (17). A conversa fez parte da segunda etapa do evento Infraestrutura Resiliente e Eventos Climáticos Extremos, realizado no Instituto Ling.
Com início às 14h30, os painéis apresentaram um balanço das atividades e os planos para 2025. Essa é a primeira atividade de uma série voltada ao desenvolvimento de melhores práticas para o combate das consequências das mudanças climáticas, com foco nas enchentes e na estiagem. “Os eventos climáticos exigem uma flexibilidade do olhar do regulador, do contexto social. Nenhuma reguladora está em uma bolha técnica para não ver os impactos” reforçou a conselheira da Agergs, Luciana Luso de Carvalho. De acordo com ela, o novo paradigma - que visa a flexibilidade, assim como os Planos de Contingência -, seguirá de ativo de uma forma recorrente.

Ao todo, 95% dos municípios gaúchos foram impactados pela enchente, cinco vezes o número de cidades atingidas no evento climático de setembro de 2023. O dado foi ressaltado pela secretária de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Marjorie Kauffmann. Entre as ações da pasta, estão o monitoramento e a divulgação do abastecimento de água, energia e telefonia, o diálogo com Ministério de Minas e Energia e a ANEEL, além do suporte nos Planos de Contingência das concessionárias de energia.

Marjorie também reforçou o plano de desassoreamento de rios e adiantou que os moradores de Novo Passo de Estrela, em Estrela, serão realocados para uma área longe do rio. “É um piloto do que o Rio Grande do Sul precisa fazer”, complementa. A secretária salientou ainda que, na próxima semana, uma missão na Holanda irá abordar o sistema de proteção contra cheias.

Ao todo, a secretaria de Meio Ambiente participa de 32% dos projetos do Plano Rio Grande, seja na criação, no desenvolvimento ou em atividades educativas. O plano, conforme o Secretário de Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, no primeiro momento, buscou a renegociação de dividas com a União.

Por meio do Funrigs, foram aprovados R$ 7,2 bilhões em projetos. Deste total, R$ 1,624 bilhões foram pagos. Em sua fala, mais de uma vez, Capeluppi destacou a importância da ciência. “Criamos um comitê científico de adaptação e resiliência climática. Ou seja, temos os embasamentos da ciência para elaborar as medidas”, salienta Capeluppi. De acordo com ele, o plano foi criado com uma governança para “executar as atividades em mais de um governo”.

Em sua fala, o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, abordou o papel das licitações públicas no combate às mudanças climáticas. O evento de 2024 gerou um impacto entre R$ 80 bilhões a R$ 120 bilhões para a economia do Estado em termos de perdas no Produto Interno Bruto (PIB). Já em ativos, a estimativa é de um impacto de R$60 a R$75 bilhões.

Conforme o secretário, entre os aprimoramentos regulatórios, está a realização de um zoneamento de risco, com uma revisão obrigatória das áreas de ocupação e restrição de construções em zonas vulneráveis. Além disso, também são necessárias normas de construção resilientes, “O poder público precisa fazer a sua parte em fiscalizar, seja para corrigir ou para coibir”.

Ao final do seminário, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que “antes das catástrofes, o Estado já uma série de concessões e privatizações para serem realizadas, com a finalidade de trazer recursos ”. O governador mencionou tanto o trabalho realizado na concessionária de energia quanto nas rodovias, tema abordado durante o seminário durante a manhã desta segunda-feira.

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