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Publicada em 11 de Fevereiro de 2025 às 17:42

IPCA desacelera em janeiro e fecha em 4,56% no acumulado em 12 meses

IPCA desacelera em janeiro

IPCA desacelera em janeiro

ARTE/JC
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Agência Brasil
A alta de 0,16% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro foi o resultado mais brando para o mês de toda a série histórica iniciada na implementação do Plano Real, em 1994, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando todos os meses, o IPCA de janeiro foi o mais brando desde agosto de 2024, quando houve deflação de 0,02%.
Em janeiro de 2024, a taxa tinha sido de 0,42%. Em dezembro do ano passado, o IPCA subiu 0,52%.
Como consequência do resultado de janeiro de 2025, a taxa acumulada em 12 meses arrefeceu pelo segundo mês consecutivo, passando de 4,83% em dezembro de 2024 para 4,56% no primeiro mês de 2025. A taxa em 12 meses é a mais branda desde setembro de 2024, quando estava em 4,42%.

As famílias brasileiras gastaram 3,08% a menos com Habitação em janeiro, uma contribuição negativa de 0,46 ponto porcentual para a taxa geral de 0,16% registrada pelo IPCA no mês. Em dezembro de 2024, o grupo Habitação havia apresentado queda de 0,56% e gerado alívio de 0,08 ponto porcentual para a taxa geral de 0,52% do IPCA.
A energia elétrica residencial passou de uma queda de 3,19% em dezembro para uma redução de 14,21% em janeiro. Foi o item de maior alívio sobre o IPCA do mês, de 0,55 ponto porcentual.
"A queda decorre da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas em janeiro", explicou o IBGE.
A redução na conta de energia elétrica foi a mais acentuada desde fevereiro de 2013, quando diminuiu 15,17%, observou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE.
Por outro lado, a taxa de água e esgoto subiu 0,97% em janeiro, influenciada pelos reajustes de 6,42% em Belo Horizonte em 1º de janeiro, de 6,84% em Campo Grande em 3 de janeiro, de 6,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre em 1º de janeiro, e de 9,83% no Rio de Janeiro em 1º de dezembro.
O gás encanado aumentou 0,49%, devido ao reajuste de 4,71% nas tarifas no Rio de Janeiro a partir de 1º de janeiro e à incorporação integral da redução de 1,41% nas tarifas em São Paulo vigente desde 10 de dezembro.
O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um avanço de 1,18% em dezembro para alta de 0,96% em janeiro, quinto aumento consecutivo, dentro do IPCA. O grupo contribuiu com 0,21 ponto porcentual para a taxa de 0,16% do IPCA de janeiro de 2025.
A alimentação no domicílio aumentou 1,07% em janeiro. Os destaques foram os aumentos nos preços da cenoura (36,14%), tomate (20,27%), e café moído (8,56%). Por outro lado, ficaram mais baratos a batata-inglesa (-9,12%) e o leite longa vida (-1,53%).

A alimentação fora do domicílio aumentou 0,67% em janeiro. O lanche subiu 0,94%, enquanto a refeição fora de casa avançou 0,58%.
De acordo com o IBGE, os gastos das famílias com Transportes passaram de uma alta de 0,67% em dezembro para uma elevação de 1,30% em janeiro. O grupo deu uma contribuição de 0,27 ponto porcentual para a taxa de 0,16% registrada pelo IPCA de janeiro.
O resultado foi influenciado pelo aumento nos preços das passagens aéreas, 10,42%, subitem de maior impacto individual sobre a inflação do mês, 0,07 ponto porcentual.
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Houve pressão também do ônibus urbano, com aumento de 3,84% e impacto de 0,04 ponto porcentual.
O avanço decorre de reajustes nas tarifas em diferentes áreas pesquisadas: Belo Horizonte, reajuste de 9,52% a partir de 1º de janeiro; Rio de Janeiro, reajuste de 9,30% a partir de 5 de janeiro; Salvador, reajuste de 7,69% a partir de 4 de janeiro; São Paulo, reajuste de 13,64% a partir de 6 de janeiro, contemplando, também, as gratuidades concedidas nos feriados de Ano Novo (1º/1) e do aniversário da cidade (25/1); Recife, reajuste de 4,87% a partir de 5 de janeiro; Vitória, reajuste de 4,38% a partir de 12 de janeiro; e Campo Grande, reajuste de 4,21% a partir de 24 de janeiro.
Os combustíveis subiram 0,75%, com alta generalizada nos preços: etanol (1,82%), óleo diesel (0,97%), gasolina (0,61%) e gás veicular (0,43%). Houve aumento ainda no táxi (1,83%), em razão de reajustes de 7,83% no Rio de janeiro e de 4,79% em Salvador.
Em São Paulo, foram registrados aumentos de 3,00% no trem e no metrô, considerando que o reajuste de 4,00% nas passagens só começou a partir de 6 de janeiro. A alta de 4,53% na integração de transporte público em São Paulo refletiu os reajustes citados e as gratuidades concedidas nos feriados de Ano Novo (1º/1) e do aniversário da cidade (25/1).

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