Inicialmente previsto para ocorrer no dia 7 de janeiro, o leilão para concessão da ponte internacional São Borja-Santo Tomé foi reagendado para 4 de abril, quando ocorrerá a abertura das propostas feitas pelas empresas interessadas. No mês passado, o certame foi cancelado por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), que atendeu a um pedido de medida cautelar da Ponta Negra Soluções Logísticas e Transportes, que alegou possíveis irregularidades ocorridas no processo de concessão da ponte.
O prazo da concessão da ponte será de 25 anos. De acordo com o Ministério dos Transportes, 19,9% do comércio bilateral entre Brasil e Argentina transitou pela ponte no ano de 2023. A empresa vencedora, além de fazer a manutenção da ponte a partir da cobrança de pedágio, também ficará responsável por um conjunto de intervenções. Segundo o Ministério dos Transportes, a expectativa é de US$ 99 milhões (R$ 605 milhões) em investimentos (incluindo custos de manutenção) no trecho, que tem 15,62 quilômetros de extensão.
O ex-prefeito de São Borja e senador, Luis Carlos Heinze, celebrou a evolução do processo. "Foram anos de negociação junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e ao governo argentino para preservar o modelo mais eficiente. Passamos por um cancelamento inesperado no último mês, mas a republicação do ato em um curto período representa uma grande vitória", afirma Heinze.