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Publicada em 29 de Janeiro de 2025 às 16:09

Auren estima abertura do mercado livre de energia para residências até 2030

Dirigentes afirmam que empresa já está se preparando para atender ao novo segmento

Dirigentes afirmam que empresa já está se preparando para atender ao novo segmento

TÂNIA MEINERZ/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Desde o ano passado, todos os consumidores de energia do chamado Grupo A, formado por clientes conectados em média e alta tensão, estão liberados para migrar para o mercado livre (formado por usuários de maior demanda que podem escolher de quem comprar a geração de eletricidade) e a perspectiva é que esse ambiente seja cada vez mais acessível. A Auren, uma das maiores geradoras e comercializadoras de energia do Brasil, estima que entre 2028 a 2030 essa opção de contratação também chegue na baixa tensão (clientes residenciais).
Desde o ano passado, todos os consumidores de energia do chamado Grupo A, formado por clientes conectados em média e alta tensão, estão liberados para migrar para o mercado livre (formado por usuários de maior demanda que podem escolher de quem comprar a geração de eletricidade) e a perspectiva é que esse ambiente seja cada vez mais acessível. A Auren, uma das maiores geradoras e comercializadoras de energia do Brasil, estima que entre 2028 a 2030 essa opção de contratação também chegue na baixa tensão (clientes residenciais).
O vice-presidente de Clientes e Comercialização da Auren Energia, Mario Bertoncini, lembra que atualmente o mercado livre representa 42% do volume de energia consumida no País e deve ser o segmento que demandará a maior parte da geração de eletricidade, quando abrir para a classe em baixa tensão a possibilidade de migração. O executivo comenta que a Auren já está se preparando para esse cenário futuro. “O primeiro aspecto é a digitalização da comercializadora”, aponta o dirigente.
Ele ressalta que essa ação é necessária para se ter uma maior eficiência e capacidade para operar com uma grande abrangência de clientes. Outra iniciativa que será tomada é a formação de parcerias para atender aos novos consumidores. Bertoncini salienta que há outras nações (como Alemanha, Coreia do Sul e Austrália) que possibilitam a livre contratação de energia por parte dos clientes residenciais, que podem servir de exemplo para que se evite erros na experiência brasileira.
Já na área de geração de energia, a Auren conta hoje com 39 usinas, distribuídas por nove estados. Entre essas plantas encontram-se duas hidrelétricas que se localizam na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina: Machadinho e Barra Grande. A empresa também é responsável no Estado pela operação do parque eólico Cassino, no município de Rio Grande. O complexo rio-grandino tem potência instalada de 64 MW e, no momento, não se analisa eventuais expansões. No entanto, futuramente, Bertoncini adianta que, se houver demandas locais como, por exemplo, produção de hidrogênio verde ou atendimento de consumos de data centers, a ampliação ou a construção de novos parques é uma possibilidade a ser avaliada.
No ano passado, a Auren concluiu a incorporação da AES Brasil, o que fez com que a companhia totalizasse uma capacidade instalada de geração de aproximadamente 8,8 mil MW (mais do que o dobro da demanda média de energia gaúcha), tornando-se a terceira maior geradora do País. Bertoncini, o diretor de Vendas da Auren Energia, Ciro Neto, e o gerente de comunicação da companhia, Renato Merlini, estiveram nesta quarta-feira (29) na sede do Jornal do Comércio e foram recebidos pelo diretor-presidente do JC, Giovanni Jarros Tumelero.

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