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Publicada em 15 de Janeiro de 2025 às 01:25

Dólar cai 0,85% com exterior após sinais de Trump e inflação nos EUA

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O dólar encerrou a sessão de ontem em queda firme no mercado doméstico, alinhado ao comportamento da moeda americana no exterior. Informações de que a nova administração Donald Trump pode optar por imposição gradual de tarifas de importação, aliadas à leitura benigna da inflação ao produtor nos EUA, deram fôlego a divisas emergentes.
O dólar encerrou a sessão de ontem em queda firme no mercado doméstico, alinhado ao comportamento da moeda americana no exterior. Informações de que a nova administração Donald Trump pode optar por imposição gradual de tarifas de importação, aliadas à leitura benigna da inflação ao produtor nos EUA, deram fôlego a divisas emergentes.
O real apresentou ontem o melhor desempenho entre as principais moedas globais, seguido pelo seu principal par, o peso mexicano. Operadores afirmam que o dólar passa por uma acomodação no mercado local, com investidores promovendo realinhamento de posições neste início de ano, após o forte estresse que marcou dezembro.
Com mínima a R$ 6,0410, na última hora de negócios, o dólar terminou o dia em queda de 0,85%, cotado a R$ 6,0464. Com o escorregão de ontem, a moeda passa a acumular em janeiro queda de 2,16% em relação ao real, após ter avançado 2,98% em dezembro e encerrado 2024 com ganhos de 27,34%.
Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY recuava mais de 0,60% no fim da tarde, com mínima aos 109,204 pontos. A moeda americana ganhou terreno, porém, em relação ao iene e a libra.
Entre commodities, os preços do petróleo recuaram com as notícias de avanços do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Já as cotações do minério de ferro voltaram a subir, apoiadas por perspectivas de mais medidas de estímulo na China, que promete ações também para estabilizar o yuan.
O Ibovespa, por sua vez, encadeou um segundo dia positivo, amparado pela muito descontada Vale ON, um dos carros-chefes do índice, que teve avanço limitado à tarde a 0,66%, a R$ 51,85 no fechamento. A sessão também foi favorável às ações do setor financeiro, com destaque para Bradesco - em alta de 2,13% na ON e de 1,87% na PN, em dia no qual o banco levantou US$ 750 milhões em títulos de 5 anos no exterior, com forte demanda que reduziu o custo de captação. Petrobras, por sua vez, terminou sem direção única (ON 0,42%, PN -0,67%), o que definiu o grau de ajuste do Ibovespa, em sessão negativa para os preços do petróleo em Londres e Nova York.
Nesse cabo de guerra entre ações de primeira linha, o Ibovespa fechou como na véspera acima da estabilidade, em alta de 0,25%, aos 119.298,67 pontos na sessão, entre mínima de 118.222,64 e máxima de 119.451,01 na sessão, em que saiu de abertura aos 119.006,60.
O giro ficou em R$ 19,19 bilhões. Na semana, o índice da B3 avança 0,37%, ainda cedendo 0,82% na primeira quinzena do mês. Na ponta vencedora, destaque para Petz ( 4,88%), Marcopolo ( 4,12%) e Iguatemi ( 3,60%), com Eneva (-2,80%), CSN (-2,47%) e Marfrig (-2,31%) no canto oposto, no encerramento. "Dois fatores contribuíram para o desempenho do Ibovespa na sessão: primeiro, a notícia de que a equipe econômica de Trump não pretende implementar um aumento abrupto nas tarifas de importação assim que o novo governo assumir, mas sim adotar um modelo gradual, mês a mês. E os novos dados de empréstimos na China surpreenderam positivamente, indicando uma economia mais forte do que o esperado em dezembro", aponta em nota Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.
"A Bolsa continua lateralizada no Brasil, com apreensão ainda perante as questões fiscais domésticas, e com os investidores muito atentos, também, aos Estados Unidos. Hoje (ontem), o minério ajudou a Vale, e o setor de bancos esboça melhora. O início da temporada de balanços nos Estados Unidos, pelos bancos americanos, pode contribuir, com expectativa positiva para esses números", disse Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

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