Os pais e pagantes de escolas particulares já sentiram um considerável aumento na primeira mensalidade de 2025 da rede privada do Estado. Conforme o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS) já havia projetado em sua pesquisa anual, os boletos das instituições de ensino particular tiveram, a partir deste mês, um reajuste de até 8,4%.
Em uma escola particular de Porto Alegre, por exemplo, houve uma diferença de R$ 155,00 entre as faturas de dezembro de 2024 e de janeiro de 2025, resultando em um aumento de 8,2%. O reajuste, mesmo dentro da margem esperada, pode fazer com que alguns pais repensem a matrícula em 2025.
O presidente do Sinepe, Oswaldo Dalpiaz, afirma que a previsão de ajuste varia com as necessidades de uma instituição para outra. “Cada escola trabalha com sua planilha de custos e contexto no qual estão inseridas. Infelizmente vivemos um ano de desafios, com a enchente do mês de maio, que afetou muitas escolas”, explica Dalpiaz.
Em uma escola particular de Porto Alegre, por exemplo, houve uma diferença de R$ 155,00 entre as faturas de dezembro de 2024 e de janeiro de 2025, resultando em um aumento de 8,2%. O reajuste, mesmo dentro da margem esperada, pode fazer com que alguns pais repensem a matrícula em 2025.
O presidente do Sinepe, Oswaldo Dalpiaz, afirma que a previsão de ajuste varia com as necessidades de uma instituição para outra. “Cada escola trabalha com sua planilha de custos e contexto no qual estão inseridas. Infelizmente vivemos um ano de desafios, com a enchente do mês de maio, que afetou muitas escolas”, explica Dalpiaz.
Segundo o Sinepe, o cálculo do reajuste das instituições é baseado em aspectos técnicos e internos. Folha de pagamentos, reparos da infraestrutura, gastos com a operação, investimentos em tecnologia e a manutenção de uma reserva de segurança são alguns dos motivos para o aumento de preços.
Juliana Xavier é servidora pública e sentiu o reajuste das parcelas da escola em que seus dois filhos estão matriculados. Segundo a servidora, o boleto de janeiro deste ano veio com um reajuste de quase R$500,00 em comparação a dezembro passado. “Fiquei bastante surpresa, tendo em vista que foi um aumento de cerca de 15%. Acredito que seja superior ao de outros colégios, não achei justo”, afirma.
A pesquisa do Sinepe, realizada em novembro de 2024, contou com a participação de 106 instituições do Estado associadas ao sindicato. Cerca de 67% das escolas privadas esperam manter ou aumentar o número de matrículas. Em 2024, foram 890 matrículas e a estimativa para 2025 é que o número salte para 916, um aumento de 2,92%.
Apesar da expectativa de matrículas ser favorável, o reajuste da mensalidade segue previsto. Para Dalpiaz, a mudança tem causas multifatoriais, a crescente queda de alunos matriculados no ensino privado têm relação direta com o envelhecimento da população gaúcha e a escolha dos pais em matricular os filhos em escolas públicas. “Há 15 anos atrás havia mais de 2 milhões de alunos matriculados nas escolas, hoje, todas as escolas públicas do ensino básico no Rio Grande do Sul têm 750 mil alunos matriculados. Há uma diminuição sensível no número de estudantes do Estado”, alega Dalpiaz.
Juliana Xavier é servidora pública e sentiu o reajuste das parcelas da escola em que seus dois filhos estão matriculados. Segundo a servidora, o boleto de janeiro deste ano veio com um reajuste de quase R$500,00 em comparação a dezembro passado. “Fiquei bastante surpresa, tendo em vista que foi um aumento de cerca de 15%. Acredito que seja superior ao de outros colégios, não achei justo”, afirma.
A pesquisa do Sinepe, realizada em novembro de 2024, contou com a participação de 106 instituições do Estado associadas ao sindicato. Cerca de 67% das escolas privadas esperam manter ou aumentar o número de matrículas. Em 2024, foram 890 matrículas e a estimativa para 2025 é que o número salte para 916, um aumento de 2,92%.
Apesar da expectativa de matrículas ser favorável, o reajuste da mensalidade segue previsto. Para Dalpiaz, a mudança tem causas multifatoriais, a crescente queda de alunos matriculados no ensino privado têm relação direta com o envelhecimento da população gaúcha e a escolha dos pais em matricular os filhos em escolas públicas. “Há 15 anos atrás havia mais de 2 milhões de alunos matriculados nas escolas, hoje, todas as escolas públicas do ensino básico no Rio Grande do Sul têm 750 mil alunos matriculados. Há uma diminuição sensível no número de estudantes do Estado”, alega Dalpiaz.
Mesmo com o aumento da fatura, Juliana preferiu seguir com os filhos no ensino privado, porém, a família teve que se adaptar e até abdicar de algumas escolhas. “Estamos nos ajustando, fazendo alguns cortes de gastos”, afirma a servidora. Ela não entrou em contato com a escola, por isso não soube a razão do ajuste tão acima do esperado na instituição de ensino.
O Sinepe alega que a previsão de reajuste não é fixa, algumas escolas podem aumentar menos ou mais que a média de 8,4%. Outro fator que contribui com o reajuste é o investimento na equipe técnica das instituições, com a contratação de equipes mais qualificadas que atendam as demandas das escolas.
“O diálogo entre os pais e a equipe diretiva deve ser aberto. As possibilidades de negociações devem ser vistas com base em cada caso. Mas a escola também precisa pensar na sua sustentabilidade como instituição privada”, afirma o presidente do Sinepe.
O Sinepe alega que a previsão de reajuste não é fixa, algumas escolas podem aumentar menos ou mais que a média de 8,4%. Outro fator que contribui com o reajuste é o investimento na equipe técnica das instituições, com a contratação de equipes mais qualificadas que atendam as demandas das escolas.
“O diálogo entre os pais e a equipe diretiva deve ser aberto. As possibilidades de negociações devem ser vistas com base em cada caso. Mas a escola também precisa pensar na sua sustentabilidade como instituição privada”, afirma o presidente do Sinepe.
Ensino superior apresenta aumentos entre 7% e 8%
Algumas universidades privadas também registraram aumentos significativos em suas mensalidades. O exemplo mais recente foi o da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), que reajustou o valor das mensalidades do curso de Medicina em 47,39%, que corresponde ao valor de R$3.633,91.
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) está atuando contra o aumento e, em nota, alega que o reajuste “fere o equilíbrio contratual e vai de encontro ao Código de Defesa do Consumidor”. O Simers levou o caso ao Ministério Público e se dispôs a apoiar uma possível judicialização do ocorrido.
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) está atuando contra o aumento e, em nota, alega que o reajuste “fere o equilíbrio contratual e vai de encontro ao Código de Defesa do Consumidor”. O Simers levou o caso ao Ministério Público e se dispôs a apoiar uma possível judicialização do ocorrido.
Já a Pucrs justificou que o aumento das mensalidades do curso de Medicina se dá pela mudança de currículo e modernização das atividades. “No novo currículo, há mais práticas durante todo o percurso acadêmico e o internato também com maior volume de créditos, o que representa mais horas docentes de supervisão e uma diversificação de cenários de prática”, afirma a Universidade em nota.
O Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS) representa apenas faculdades, centros universitários e universidades que não pertencem ao grupo das universidades comunitárias. A Pucrs, no caso, é uma universidade comunitária e, por conta disso, o Sindicato não responde pela negociação do reajuste adotado pela instituição.
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Em relação ao aumento geral nas faturas do ensino superior, o sindicato diz não interferir, já que cada universidade tem autonomia para ajustar suas cobranças e sustentabilidade financeira. Segundo o presidente do Sinepe/RS, Oswaldo Dalpiaz, o reajuste das mensalidades do ensino privado superior fica entre 7% e 8%.
"Algumas instituições, que são nossas associadas, foram além, mas a maioria ficou entre essa média", finaliza o diretor.