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Publicada em 01 de Janeiro de 2025 às 20:13

Cinco tendências de meios de pagamentos

Nunes destaca digitalização acelerada e mudanças nos hábitos de consumo

Nunes destaca digitalização acelerada e mudanças nos hábitos de consumo

Max Schwoelk/Divulgação/JC
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Patricia Knebel
Patricia Knebel
A digitalização dos meios de pagamento no Brasil tem se intensificado nos últimos anos e as tendências para 2025 apontam para uma diversificação ainda maior nas opções disponíveis.
A digitalização dos meios de pagamento no Brasil tem se intensificado nos últimos anos e as tendências para 2025 apontam para uma diversificação ainda maior nas opções disponíveis.
Dados do Banco Central (BC) revelam que as transações por aproximação têm se destacado entre as preferências da população.
Em 2023, o percentual de operações com cartões de crédito por aproximação aumentou expressivamente em relação a outras formas de captura, como tarja magnética, chip e transações não presenciais, passando de 23,1% para 31,1% entre os últimos trimestres de 2022 e 2023.
Para 2025, uma novidade importante será a possibilidade de realizar pagamentos via Pix por aproximação, uma evolução que promete tornar a modalidade ainda mais acessível e ágil no cotidiano dos brasileiros.
"Essas tendências estão sendo impulsionadas por uma combinação de fatores, como a digitalização acelerada, mudanças nos hábitos de consumo, a necessidade de conveniência e segurança nas transações, além do crescimento do comércio eletrônico", analisa Fernando Nunes, CEO da Transfeera, fintech que fornece soluções de pagamentos para empresas.
"Elas representam uma evolução significativa dos meios de pagamento já existentes. Por exemplo, o crescimento dos pagamentos por aproximação é uma continuação da tendência de digitalização", completa o executivo. A empresa já recebeu mais de R$10 milhões em investimentos dos fundos Goodz Capital, Bossanova Investimentos, Honey Island, 4UM Investimentos e Curitiba Angels.
Confira as cinco principais tendências no setor de meios de pagamentos para 2025 segundo a Transfeera:
 1. Pagamentos por aproximação (NFC)
O aumento na utilização de smartphones e wearables (como relógios inteligentes e pulseiras) com tecnologia NFC está transformando os pagamentos por aproximação em uma prática comum e preferida pelos consumidores. A conveniência de simplesmente aproximar o dispositivo do terminal de pagamento, sem a necessidade de inserir cartões ou senhas, reduz o tempo nas filas e melhora a experiência de compra. Essa tendência também traz mais segurança, com autenticação por biometria e criptografia.
 2 - Pagamentos instantâneos
O crescimento dos pagamentos instantâneos, como o Pix no Brasil, demonstra uma mudança no comportamento financeiro, onde consumidores e empresas preferem transações em tempo real. Em 2025, o Pix deverá se expandir ainda mais, impulsionado pelas atualizações planejadas pelo Banco Central (BC), que já introduziu novas funcionalidades, como o Pix Saque e o Pix Troco. Espera-se que novas funcionalidades, como o pagamento por aproximação e o agendamento de transações recorrentes, ampliem as aplicações do Pix no comércio.
 3 - Integração de criptomoedas
A aceitação de criptomoedas como forma de pagamento em estabelecimentos comerciais e plataformas online tem se tornado cada vez mais comum. Em 2025, espera-se que mais empresas ofereçam essa opção, motivadas pelo aumento no interesse por cripto ativos e pelo avanço regulatório que deve trazer maior segurança para transações com criptomoedas.
 4 - IA e machine learning
A aplicação de IA e Machine Learning em pagamentos possibilita a personalização das experiências de compra e aprimora a segurança das transações. Com esses recursos, é possível analisar dados em tempo real para identificar padrões de consumo, recomendar produtos e serviços específicos e prever tendências de compra. Na área de segurança, a IA será crucial para detectar fraudes de maneira mais eficiente, monitorando comportamentos incomuns e bloqueando transações suspeitas automaticamente. 
 5 - Fintechs e soluções de BNPL (Buy Now, Pay Later)
O modelo "Compre Agora, Pague Depois" (BNPL) permite aos consumidores parcelarem suas compras sem juros, o que torna produtos e serviços mais acessíveis, especialmente para pessoas sem cartões de crédito ou com orçamento limitado. Este modelo já é popular entre as fintechs e vem sendo adotado também por grandes bancos e varejistas. Em 2025, o BNPL deverá se consolidar ainda mais, com plataformas integradas diretamente em aplicativos de compras e soluções bancárias.
 

Sororitê Fund 1 investe em startups fundadas por mulheres

Erica Fridman e Jaana Goeggel, cofundadoras do fundo de venture capital

Erica Fridman e Jaana Goeggel, cofundadoras do fundo de venture capital

Luciano Alves/Divulgação/JC

Com tese voltada para diversidade de gênero, Erica Fridman e Jaana Goeggel lideram o Sororitê Fund 1, um fundo de Venture Capital de
R$ 25 milhões que tem o objetivo de tornar-se a primeira opção de investimentos em startups early stage fundadas ou co-fundadas por mulheres.

Trata-se de um dos primeiros no Brasil liderado por mulheres que buscam investir em mulheres.
"Temos um posicionamento único no ecossistema para ser a escolha número 1 de fundadoras talentosas e com ambição para resolver grandes dores do nosso País. Sabemos que a diversidade também é uma ferramenta poderosa para gerar mais soluções e mais lucro para as companhias", reforça Jaana Goeggel, sócia-fundadora da Sororitê Ventures.
O fundo está em fase de captação e para compô-lo, as sócias buscam atrair investidores pessoas físicas, family offices e empresas e fundos que investem em VCs que estejam interessados no alpha gerado por investir em diversificação de gênero, uma concepção única no Brasil.
A proposta da tese é de investir em startups early stage com pelo menos uma mulher no founding team, que tenham potencial de escalabilidade e de crescimento no setor de tecnologia, com interesse, principalmente, nas verticais de fintech, healthtech, agritech e retailtech.

IA e alta performance lideram opções de negócios

Daniel Soibelmann, coordenador regional da Amcham no Rio Grande do Sul (Amcham RS)

Daniel Soibelmann, coordenador regional da Amcham no Rio Grande do Sul (Amcham RS)

Mario Miranda Filho/Divulgação/JC
A Inteligência Artificial (IA) e o foco em alta performance serão os principais motores de transformação econômica no próximo ano, aponta a pesquisa Panorama 2025, realizada pela Câmara Americana de Comércio no Brasil (Amcham).
O estudo contou com a participação de 733 empresas de diversos setores e portes. O coordenador regional da Amcham no Rio Grande do Sul (Amcham RS), Daniel Soibelmann, comenta que o Estado apresenta um ambiente propício para a adoção de novas tecnologias.
"A pesquisa aponta que 67% dos empresários consideram a Inteligência Artificial como a tendência com maior potencial disruptivo em 2025, mas apenas 28% se consideram prontos para utilizá-la de forma eficaz. No Rio Grande do Sul, isso representa uma oportunidade estratégica para empresas que desejam se posicionar à frente no cenário nacional", analisa Soibelmann.
A busca por alta performance, apontada por 47% dos entrevistados como uma prioridade, também deve impulsionar mudanças no Estado. "O foco em eficiência está alinhado com a característica de inovação das empresas gaúchas", destaca.
Os impactos das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024 reforçaram a importância de estratégias resilientes e conectadas. Soibelmann ressalta o papel da Amcham RS em promover a integração entre empresários locais e de outras regiões do Brasil, criando pontes para a troca de soluções e a construção de redes de apoio.
Outro ponto em destaque na pesquisa foi a sustentabilidade, considerada tendência por 46% das empresas, mas com baixa prontidão (22%). Para Soibelmann, este é um desafio estratégico para o Rio Grande do Sul. "O Estado tem um papel relevante na agenda de sustentabilidade, mas as empresas ainda precisam traduzir isso em práticas concretas e mensuráveis", completa.
A pesquisa ainda apontou que metade das empresas brasileiras esperam crescimento superior a 10% em 2025, embora fatores como a estagnação econômica e a estabilidade política sigam como preocupações. No caso do Rio Grande do Sul, Soibelmann acredita que o avanço tecnológico e a inovação são as chaves para superar esses desafios.
"O cenário para 2025 exige ação estratégica, e as empresas que conseguirem aliar tecnologia, sustentabilidade e gestão eficiente terão um diferencial importante. Estamos empenhados em preparar o empresariado gaúcho para liderar essa transformação", conclui o coordenador da Amcham RS.

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