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Publicada em 26 de Dezembro de 2024 às 18:16

Fecomércio-RS, Fiergs e Farsul se opõem à renovação da concessão da ferrovia Malha Sul

Entidades gaúchas apontam que os resultados dos quase 30 anos de administração da Rumo Malha Sul são profundamente insatisfatórios

Entidades gaúchas apontam que os resultados dos quase 30 anos de administração da Rumo Malha Sul são profundamente insatisfatórios

KADU BERNADI/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Aumentar a eficiência da malha ferroviária é um fator fundamental para garantir o crescimento do setor produtivo do Rio Grande do Sul. É o que defendem as Federações do Comércio de Bens e de Serviços (Fecomércio-RS), das Indústrias (Fiergs) e da Agricultura (Farsul) do Rio Grande do Sul, em nota conjunta enviada ao Ministro dos Transportes do Brasil, Renan Filho. No texto, os presidentes Luiz Carlos Bohn, Cláudio Bier e Gedeão Pereira expressam sua profunda insatisfação com a possível renovação da concessão da ferrovia Malha Sul para a Rumo Logística, atual concessionária da região há 26 anos.
Aumentar a eficiência da malha ferroviária é um fator fundamental para garantir o crescimento do setor produtivo do Rio Grande do Sul. É o que defendem as Federações do Comércio de Bens e de Serviços (Fecomércio-RS), das Indústrias (Fiergs) e da Agricultura (Farsul) do Rio Grande do Sul, em nota conjunta enviada ao Ministro dos Transportes do Brasil, Renan Filho. No texto, os presidentes Luiz Carlos Bohn, Cláudio Bier e Gedeão Pereira expressam sua profunda insatisfação com a possível renovação da concessão da ferrovia Malha Sul para a Rumo Logística, atual concessionária da região há 26 anos.
As entidades apontam que os resultados dos quase 30 anos de administração da Rumo Malha Sul são profundamente insatisfatórios: dos 3,15 mil quilómetros ativos em 1997, restam hoje apenas 1,65 mil, uma perda de quase metade da extensão. "A falta de investimentos e de programas de manutenção preventiva promoveu a situação de sucateamento de ramais e equipamentos rodantes", afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

Atualmente, o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com a maior utilização relativa do modal rodoviário. Conforme dados do Atlas Socioeconômico, 88% do transporte de cargas gaúcho se dá por estradas; no Brasil, a média é de 65%. Os líderes das entidades gaúchas acreditam que essa dependência excessiva das rodovias não tem condições de atender plenamente os setores produtivos, o que reflete em elevados custos logísticos e perdas irreparáveis de competitividade.

Para as Federações, o atual modelo ferroviário, operado pela Rumo, não atende de forma satisfatória as necessidades, o que torna necessária a realização de uma nova concessão que garanta a modernização da rede ferroviária gaúcha, com a implantação de ferrovias de bitola larga, com capacidade para atender médias e longas distâncias. "A renovação da concessão com a Rumo é particularmente sensível. A falta de investimentos e de programas de manutenção preventiva promoveu a situação atual de sucateamento de ramais e equipamentos rodantes. O Rio Grande do Sul não pode prescindir de uma malha ferroviária robusta, ativa e eficiente. É imprescindível e fundamental que o próximo ciclo de concessão garanta a realização de investimentos massivos.", ressalta Bohn.

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