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Publicada em 20 de Dezembro de 2024 às 13:04

Presença de supermercados no Litoral reduz vantagem de fazer rancho antes de viajar

Preço da Coca-Cola é praticamente o mesmo nos dois locais

Preço da Coca-Cola é praticamente o mesmo nos dois locais

Mauro Belo Schneider/Especial/JC
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Mauro Belo Schneider
Mauro Belo Schneider Editor-executivo
O hábito de fazer rancho em Porto Alegre ou na cidade de origem do veranista que segue ao Litoral gaúcho durante o verão vem mudando. Isto porque as grandes redes também estão presentes na região, o que torna a diferença de preço cada vez menor.
O hábito de fazer rancho em Porto Alegre ou na cidade de origem do veranista que segue ao Litoral gaúcho durante o verão vem mudando. Isto porque as grandes redes também estão presentes na região, o que torna a diferença de preço cada vez menor.
Entre as marcas que funcionam nas praias do Rio Grande do Sul, estão Asun, Imec, Comercial Zaffari, Unidasul (Macromix), Andreazza, Bistek, Rede Polo e outras. Para o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antonio Cesa Longo, o nível do serviço aumentou.
Antigamente, era comum as pessoas migrarem com o porta-malas cheio de sacolas. Há quem lembra, inclusive, de levar galinhas para as casas de veraneio, já que tudo era difícil de encontrar fora de casa.
“Hoje o consumidor tem a facilidade de escolher onde quer realizar suas compras, já que os supermercados do Litoral têm a mesma qualidade e competitividade das empresas de outras regiões do Estado. Grandes redes de todo o Rio Grande do Sul e até mesmo de outros estados estão operando no litoral gaúcho, além do fortalecimento de supermercados locais do Litoral, o que aumenta a concorrência e garante um alto nível de serviço à população. Em última análise, quem sai ganhando é o consumidor”, afirma Longo.
O diretor Comercial e de Marketing do Grupo Asun, Jairo Silva, aponta ainda que o comportamento do consumidor também evoluiu nos últimos anos. “Hoje, observamos uma mudança significativa. Muitos clientes valorizam a praticidade e confiam na qualidade e na variedade dos produtos oferecidos nas lojas do Litoral”, explica.
Em um supermercado que atua em Porto Alegre e no Litoral Norte foi avaliada a variação de preços. O quilo da batata branca custa R$ 2,78 na Capital, enquanto sai por R$ 3,99 na praia. A cebola, no entanto, está mais barata em Xangri-Lá (R$ 2,99 o quilo) do que em Porto Alegre (R$ 3,99 o quilo).
No duelo da dúzia de ovos, a praia também sai ganhando. Custa R$ 15,98 em Porto Alegre e R$ 13,50 no Litoral. Já o leite fica mais caro perto do mar, saindo por uma média de R$ 5,99 na praia e R$ 4,09 na Capital. O carvão vale mais a pena levar de Porto Alegre, uma vez que 3kg são vendidos por R$ 19,98, enquanto na praia, R$ 22,98. A Coca-Cola ficou praticamente empatada: R$ 10,99 na Capital e R$ 10,98 no Litoral. 
A partir do teste realizado, fica claro que a variação de preços tende para ambos os lados. Não tem como definir qual região aplica melhor valor, pois depende do produto.
O executivo do Grupo Asun destaca ainda que as variações de preços entre a praia e a cidade são multifatoriais. “Elas podem ocorrer devido a fatores como custos logísticos e a demanda sazonal no Litoral, especialmente durante o verão”, alega.
Nesse sentido, ele explica que a rede aposta em promoções regionais e na valorização dos produtos que estão próximos dos locais de venda, diminuindo, por exemplo, o preço com o transporte de mercadorias.
 

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