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Publicada em 09 de Dezembro de 2024 às 09:41

Economistas preveem aumento maior na Selic e dólar perto de R$ 6,00

O Copom do BC volta a se reunir nesta terça e quarta-feira para decidir sobre a taxa Selic

O Copom do BC volta a se reunir nesta terça e quarta-feira para decidir sobre a taxa Selic

MARCELLO CASAL JR/ebc/jc
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Folhapress
Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom)  fará um aumento maior na Selic na reunião que começa nesta terça-feira (10) e terá o resultado anunciado na quarta-feira (11). De acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (9), o comitê elevará a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual e fechará o ano em 12%. Até a semana passada, a expectativa do mercado era que a Selic aumentaria em 0,5 ponto percentual, repetindo o patamar da última reunião realizada em novembro.
Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom)  fará um aumento maior na Selic na reunião que começa nesta terça-feira (10) e terá o resultado anunciado na quarta-feira (11). De acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (9), o comitê elevará a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual e fechará o ano em 12%. Até a semana passada, a expectativa do mercado era que a Selic aumentaria em 0,5 ponto percentual, repetindo o patamar da última reunião realizada em novembro.
Além disso, os analistas voltaram a subir a previsão da taxa Selic para 2025 (de 12,63% para 13,5%), 2026 (de 10,5% para 11%) e 2027 (de 9,5% para 10%).
O Focus ainda aponta que os economistas aguardam que o dólar fechará o ano próximo a R$ 6, subindo a previsão de R$ 5,70 na semana passada para R$ 5,95. A expectativa para os próximos três anos seguiu o mesmo caminho, com R$ 5,77 em 2025 (ante R$ 5,60 no último levantamento), R$ 5,73 em 2026 (estava em R$ 5,60) e R$ 5,69 em 2027 (era de R$ 5,50 há uma semana).
O dólar superou a casa dos R$ 6 na semana passada e terminou a sexta-feira (6) cotado a R$ 6,075, registrando seu maior patamar nominal da história.
Outro índice que o mercado espera uma piora é a inflação, que deve fechar o ano em 4,84%, de acordo com os analistas. Na semana passada, a previsão era de 4,71%. É a 19ª semana de alta nas últimas 21 semanas.
Caso a previsão se confirme, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) terminará acima do limite do teto da meta de 3% estabelecida pelo BC, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A perspectiva para os três anos seguintes também aponta para uma aceleração da inflação para 4,59% em 2025 (era de 4,40%), 4% em 2026 (contra 3,81%) e 3,58% em 2027 (ante 3,5% da semana passada).
Em compensação, os analistas destacam que o crescimento da economia será maior do que o esperado. O boletim aponta que o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano ficará em 3,39%, um aumento de 0,17 ponto percentual em relação à semana passada.
A previsão para 2025 subiu de 1,95% para 2%, enquanto as perspectivas para 2026 e 2027 permaneceram em 2%.
Na semana passada, o Ministério da Fazenda anunciou que deve revisar para cima a projeção do PIB deste ano, após a divulgação de um crescimento de 0,9% na economia brasileira no terceiro trimestre.

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