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Publicada em 20 de Novembro de 2024 às 16:42

Visita à Toyota no Japão reforça possibilidade de ampliação das operações em Guaíba

Montadora japonesa opera em Guaíba desde 2005 e nacionaliza dois modelos produzidos na Argentina

Montadora japonesa opera em Guaíba desde 2005 e nacionaliza dois modelos produzidos na Argentina

Luís Adriano Madruga / Prefeitura Municipal de Guaíba
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, é esperada para os primeiros meses de 2025 a confirmação de investimentos da Toyota para ampliar as suas atividades no Centro de Distribuição (CD) que a montadora japonesa mantém na cidade. O plano inicial, de acordo com o prefeito Marcelo Maranata, que negocia a ampliação desde o início do ano, é que os japoneses passem a finalizar na cidade gaúcha dois novos modelos de carros, pelo menos um deles híbrido, para a entrada no mercado brasileiro.
Em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, é esperada para os primeiros meses de 2025 a confirmação de investimentos da Toyota para ampliar as suas atividades no Centro de Distribuição (CD) que a montadora japonesa mantém na cidade. O plano inicial, de acordo com o prefeito Marcelo Maranata, que negocia a ampliação desde o início do ano, é que os japoneses passem a finalizar na cidade gaúcha dois novos modelos de carros, pelo menos um deles híbrido, para a entrada no mercado brasileiro.
"Não pude acompanhar a comitiva, mas estamos em contato permanente com a diretoria da Toyota, e hoje (nesta terça, dia 19), também fiz este contato com a empresa após a visita do governador, que é muito mais do que uma cortesia. Foi uma ação estratégica muito importante por parte do governo do Estado para Guaíba. Os japoneses valorizam muito este interesse e esta aproximação no momento de definirem novos negócios, e nós sabemos que a Toyota geralmente opta por definir novos investimentos nos locais onde já atua", aponta Maranata.
No começo do ano a Toyota anunciou um pacote de investimentos de R$ 11 bilhões no Brasil nos próximos anos - R$ 5 bilhões até 2026, com aportes confirmados até agora somente para as suas operações no interior de São Paulo. Em Guaíba, a montadora, juntamente com a CMPC, responde pelas maiores arrecadações do município.
Marcelo Maranata reforça ainda a esperança de que, além das operações de finalizações de modelos, com a "nacionalização" de carros que entram no País vindos da fábrica da Toyota na Argentina, o encontro da comitiva gaúcha com a direção da empresa no Japão possa atrair para Guaíba novos negócios da montadora, que é pioneira no desenvolvimento de motores mais limpos.
"O Estado marca uma posição importante em relação a biocombustíveis, hidrogênio verde e incentivos a produção com redução de carbono, e Guaíba tem diferenciais logísticos importantes. Para qualquer linha que os japoneses possam fazer no Brasil, queremos ser uma alternativa e temos demonstrado o interesse", garante o prefeito de Guaíba.
Criado em 2005, o CD completa 20 dias em 2025 e é operado atualmente com as finalizações dos modelos Hilux e SW4, montados na Argentina e complementados com alguns acessórios em Guaíba. Essa operação movimenta fornecedores locais de peças. A intenção agora é que um novo aporte da Toyota aumente ainda mais a cadeia de fornecedores gaúchos para a montagem dos modelos.
Novo posto aduaneiro
Paralelamente à atração de novos investimentos por parte da Toyota - e possivelmente um trunfo para uma escolha por parte dos japoneses -, Guaíba também se mobiliza garantir a instalação no município de um novo posto aduaneiro. Segundo Marcelo Maranata, os trâmites burocráticos no Estado já foram superados, agora, o processo passa por análise no âmbito do governo federal, especialmente na aferição da viabilidade econômica deste possível novo posto aduaneiro no Rio Grande do Sul.
Na prática, antes da confirmação da instalação de um posto aduaneiro, é preciso a concretização de novas operações econômicas, especialmente industriais, no município, que justifiquem a nova estrutura.
"Acreditamos que entre o final de 2025 e início de 2026 poderemos ter a definição e já a operação deste posto aduaneiro. A Toyota é um fator, mas já teremos também a operação, provavelmente, da Aeromot, com importações e exportações de produtos da aviação, que justificariam plenamente um novo posto no Estado sem colocar em risco alguma perda econômica para outros postos", aponta o prefeito.

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